A cotação do dólar comercial subiu 1,57% nesta segunda-feira, dia 9, fechando a R$ 3,421 para a venda – maior nível de fechamento desde 5 de dezembro de 2016, quando a moeda encerrou o pregão a R$ 3,43. As incertezas políticas e o cenário eleitoral indefinido aumentaram a aversão ao risco relacionada ao Brasil e provocaram saída de investidores do país.
“As incertezas quanto à corrida eleitoral persistem, mesmo após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto o PT ainda não tem ‘plano B’ para a corrida eleitoral, o PSB se reúne amanhã (terça, dia 10) para discutir possível candidatura de Joaquim Barbosa. E o ‘centro’ segue fragmentado”, comenta o economista da Guide Investimentos Ignacio Crespo.
A equipe econômica da Correparti afirma que, além da percepção de um cenário eleitoral indefinido, a prisão do ex-presidente não trará tranquilidade aos mercados enquanto a questão da prisão em segunda instância não estiver pacificada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Já o analista Matheus Gallina, da corretora Quantitas, diz que está mantido o cenário de maior aversão ao risco no país, com as incertezas políticas e também com investidores acompanhando a tensão entre Estados Unidos e China. “Enquanto essas questões seguirem indefinidas, a tendência é o mercado se mostrar cada vez mais cauteloso e gerando uma pressão altista à moeda”, afirma.