O dólar comercial opera em alta ao redor de 1% e próximo ao patamar de R$ 5,65 na manhã desta quarta-feira, 6. Às 10h34 de Brasília, a moeda norte-americana operava em alta de 0,96% no mercado à vista, cotada a R$ 5,644 para venda, depois de atingir a máxima de R$ 5,657.
O mercado acompanhando o exterior, que digere os números do mercado de trabalho no setor privado dos Estados Unidos no qual fechou 20,2 milhões de vagas de trabalho em abril – excluindo o setor rural – segundo o relatório publicado pela Automatic Data Processing (ADP) e pela Macroeconomic Advisers. Os analistas esperavam o fechamento de 22 milhões de vagas.
Nesta terça, 5, a agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou a nota de crédito do Brasil em ‘BB-‘, mas revisou a perspectiva do rating para negativa, citando a deterioração o quadro econômico e fiscal do país, além dos riscos derivados das incertezas políticas – incluindo tensões entre o Executivo e o Congresso – e a duração e intensidade da pandemia do novo coronavírus.
Para a agência, o Brasil entrou no atual período de estresse com um balanço fiscal relativamente fraco e baixo crescimento econômico. “Os sinais de desentendimento em Brasília ajudaram na decisão da Fitch em reduzir a nota
de crédito soberano do país ao citar no comunicado ‘deterioração do cenário econômico e fiscal’ e a ‘renovada incerteza política'”, destaca o analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi.
Aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga a decisão do Banco Central quanto a taxa básica de juros, a Selic, no qual o mercado aposta em um corte de 0,50 ponto percentual, passando de 3,75% para 3,25% ao ano.
Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, o colegiado do BC encontra-se diante de um dilema. “As projeções de inflação evoluem abaixo do centro da meta sinalizando que há espaço para novo corte da Selic, enquanto as perspectivas para atividade econômica apontam para fortes quedas, o que amplia o espaço para o
novo corte. Por outro lado, o aumento da turbulência política recente, colocando em risco o ajuste fiscal, pode exigir cautela, limitando a intensidade do corte da taxa de juros”, avalia.