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Diversos

Elegibilidade de Lula influencia e dólar fecha em alta a R$ 5,778 nesta segunda

Com alta de 1,67%, o dólar fechou em R$ 5,77 e chegou no maior valor desde 15 de maio do ano passado

O dólar comercial fechou em forte alta de 1,67% no mercado à vista, cotado a R$ 5,7770 para venda, no maior valor de fechamento desde 15 de maio do ano passado quando ficou em R$ 5,8410, reagindo à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou as condenações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato. Com isso, Lula torna-se elegível para cargos públicos. A moeda operou com perdas durante toda a sessão também seguindo o cenário mais negativo no exterior.

Por meio de nota à imprensa, Fachin afirmou que a decisão de anular processos envolvendo o ex-presidente na Lava Jato se dá pela não competência da 13 Vara Federal para julgar esses casos. A equipe de política da XP Investimentos avalia que a decisão é uma estratégia para tentar preservar os demais casos da operação.

“Evita que fosse decretada a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. Tudo o que foi feito pela Lava Jato de Curitiba em relação a Lula será anulado”, reforça, acrescentando que Fachin busca retomar a relatoria dos casos da Lava
Jato, já que ele vinha buscando há semanas uma forma de retomar o controle sobre os processos.

O gerente da mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek, reforça que a moeda bateu máximas sucessivas a R$ 5,78 com a notícia, já que a decisão “torna o ex-presidente apto para participar das eleições em
2022”. A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, acrescenta que, com Lula legível, “há a percepção de insegurança jurídica”, o que gerou esse forte estresse no mercado.

A moeda, porém, já havia operado pressionada ao longo da sessão acompanhando as perdas das divisas de países emergentes em meio ao aumento dos rendimentos das taxas de juros futuros dos títulos de dívidas dos Estados
Unidos, as treasuries, “alimentando” ainda mais os temores de que a inflação acelere e force o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a elevar juros, destaca Esquelbek.

Para Abdelmalack, nesta terça, 9, o mercado deverá seguir reagindo à decisão de Fachin, além de ficar na expectativa pela retomada da votação da PEC Emergencial, prevista para esta semana na Câmara dos Deputados. “Além disso,
tem o avanço da pandemia no país que ajuda a manter a moeda desvalorizada”, pondera.

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