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Eleição para escolha de comissão especial de impeachment deverá ser secreta

Oposição e integrantes da base dissidentes anunciaram que ultrapassaram as 33 adesões exigidas para formar a chapa alternativa

A eleição, nesta terça, dia 8, dos 65 integrantes da comissão especial da Câmara dos Deputados que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff vai ser secreta. Segundo informações da Secretaria-Geral da Mesa, a votação será eletrônica. Para tanto, serão montadas, no Plenário, 13 cabines normais de votação e uma adaptada para parlamentares com deficiência.

A escolha dos integrantes do colegiado movimentou a Câmara na manhã desta terça. O deputado Henrique Fontana (PT/RS), vice-líder de seu partido, criticou a decisão pela votação secreta.

“É uma vergonha ressuscitar o voto secreto. Quando milhões de brasileiros elegem um parlamento, eles querem saber como o Parlamento vai votar”, criticou o deputado.

Fontana admitiu que o Partido dos Trabalhadores poderá trabalhar pela votação aberta, mas não adiantou de que forma faria isso.

Chapa alternativa

Outro ponto de debate diz respeito à criação de uma chapa alternativa para concorrer às vagas da comissão. A oposição e integrantes da base dissidentes anunciaram que ultrapassaram as 33 adesões exigidas para formar a chapa, que foi protocolada na Câmara, com nove nomes de 13 partidos.

“Essa chapa alternativa vai fazer com que as dissidências dos partidos da base do governo possam participar, possam votar sem ter a imposição dos líderes de bancada recomendada pelo Palácio do Planalto”, disse o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).

O deputado Lucio Vieira Lima (PMDB/BA) também defendeu a formação da chapa alternativa para composição da comissão especial. Segundo ele, “a legitimidade da chapa vitoriosa será dada pelo Plenário da Câmara dos Deputados”.

A eleição deverá ocorrer no fim da tarde desta terça.

Movimento

Na quinta, dia 10, a oposição deve lançar também um movimento parlamentar pró-impeachment. Segundo Rubens Bueno, o movimento vai ter uma coordenação suprapartidária com ações internas no Congresso e fora dele, nas ruas, na sociedade e nas entidades organizadas.

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