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Eleições 2020: produtor rural Carlos Fávaro é confirmado como senador em MT

Ele já ocupava cadeira de forma interina desde abril, tendo assumido a vaga deixada por Selma Arruda, que teve chapa cassada pela Justiça Eleitoral

Carlos Fávaro, senador de Mato Grosso
Foto: Carol De Vita/Agência Senado

O produtor rural Carlos Fávaro (PSD) foi confirmado como senador de Mato Grosso na eleição suplementar neste domingo, 15. Ele conquistou 371.857 votos (25,97% do total) e ficou em primeiro lugar entre os 11 candidatos ao Senado.

Fávaro já ocupava uma cadeira de senador de forma interina desde abril e terá mais seis anos de mandato. Ele assumiu a vaga no Senado deixada por Selma Arruda, cassada pela Justiça Eleitoral.

Carlos Henrique Baqueta Fávaro nasceu em Bela Vista do Paraíso (PR), em outubro de 1969. Ele é casado, empresário e produtor rural. Ao longo de sua atividade profissional, foi dirigente de várias representações do agronegócio. Também foi vice-governador de Mato Grosso entre 2015 e 2018.

Em nota divulgada por sua assessoria, o senador disse que estava muito feliz com o resultado da eleição. Ele lamentou os atrasos na divulgação dos votos e disse que a confirmação do seu nome mostra que “a população de Mato Grosso avalia bem o nosso trabalho e quer a nossa permanência no Senado”.

Eleição suplementar

A eleição suplementar para senador de Mato Grosso ocorreu devido à cassação, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do mandato da ex-senadora Selma Arruda e de seus dois suplentes, por caixa dois e abuso do poder econômico na campanha de 2018.

O tribunal também determinou a realização de novas eleições — o que estava previsto inicialmente para o mês de abril. No entanto, a votação foi adiada por conta da pandemia do coronavírus e ocorreu de forma conjunta com o primeiro turno das eleições municipais.

Senadora mais votada, Selma exerceu o mandato até abril deste ano. O senador Carlos Fávaro, terceiro mais votado nas últimas eleições, assumiu o mandato de forma interina, depois de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Até 2015, o TSE costumava prestigiar as eleições já realizadas, permitindo que os candidatos mais bem cotados assumissem a vaga daqueles cuja chapa foi cassada. Isso mudou com a Lei 13.165, de 2015, que obrigou a realização de novas eleições.

Esta foi a primeira eleição suplementar para o Senado no Brasil em 50 anos. A última ocasião foi em 1970, quando dois estados precisaram substituir parlamentares cassados pela ditadura militar. João Abrahão e Mário Martins — ambos do MDB e representando, respectivamente, Goiás e o antigo estado da Guanabara — foram removidos do Senado em 1969 com base no Ato Institucional número 5 (AI-5).

No ano seguinte, quando todos os demais estados elegeram dois senadores, esses dois estados elegeram três. Emival Caiado (Arena) e Danton Jobim (MDB) ficaram com as vagas extras, para mandatos de apenas quatro anos.