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Mercado e Cia

Entenda vantagens e desvantagens do Brasil em caso de recessão econômica

O comentarista Miguel Daoud explica que o grande desafio para o país será no fluxo comercial com países em crise

A Bolsa de Nova York teve a pior véspera de Natal da história nesta segunda, dia 24, com perdas de até 2%. Analistas atribuem a baixa a sinais de uma recessão no mercado norte-americano.

Segundo o comentarista Miguel Daoud, em 2008, quando houve a crise econômica global, a forma lidaram como os bancos centrais lideram com o problema foi inédita. “Eles colocaram mais dinheiro no mercado. O endividamento das empresas, na época, era de US$ 75 trilhões. Hoje, chegou a US$ 180 trilhões. Isso significa que existe mais de US$ 100 trilhões de dinheiro que foi emitido pelos bancos. Não se sabe o que pode acontecer”, salienta.

Para Daoud, o Brasil tem a vantagem de não ter dinheiro desse tipo e ter uma reserva de US$ 380 bilhões. Mas o país seria impactado pela relação comercial com as economias em recessão. “Somos um grande exportador de commodities e devemos ser afetados na formação de preços internacionais”, alerta.

Briga interna nos EUA

Em meio ao cenário de queda em NY, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adicionou mais incertezas a investidores ao afirmar pelo Twitter que o único problema que a economia do país tem é o Federal Reserve Board (FED), o Banco Central norte-americano.

“Eles não têm um sentimento do mercado, não entendem as guerras comerciais ou os dólares fortes nem mesmo as pressões dos democratas sobre as fronteiras. O Fed é como um jogador de golfe poderoso que não consegue marcar, porque ele não tem contato”, disse.

Trump defende maior flexibilidade de taxa de juros, de preferência mais baixa para sustentar a economia dos Estados Unidos em meio à guerra comercial com a China. Também já fez críticas severas ao presidente do FED, Jerome Powell.

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