Celebridades criticaram a agropecuária brasileira em vídeo do programa Papo de Segunda do canal GNT, provocando a indignação do setor produtivo. Diante disso, a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) decidiu entrar com uma ação contra a emissora para ter direito de resposta. Caso vença o processo, a entidade poderá apresentar dados e informações no programa.
Em nota, associação destaca que as falas não têm qualquer embasamento técnico e os apresentadores e convidados falaram “dados irreais e conceitos inexistentes, inventados por eles, levando o público à compreensão equivocada do que são as atividades realizadas pelo agro”. Além disso, a entidade acusa os participantes de utilizarem expressões e termos que afetam a imagem do produtor rural e de todo o setor.
“Essa medida foi adotada em respeito ao produtor rural, aos pesquisadores, às empresas em toda a extensão do setor e a toda a população, que precisa receber as informações corretas para saber que o campo trabalha de sol a sol, de forma séria e honesta para colocar alimentos na mesa de todos, inclusive na mesa desses apresentadores”, destaca Ricardo Nicodemos, vice-presidente executivo da ABMRA.
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Segundo a associação, o vídeo foi assistido por diversos profissionais, que avaliaram as informações e dados errados e fizeram uma análise do conteúdo. Um dos pesquisadores que contribuiu nesse trabalho foi o professor PhD da Embrapa Eduardo Delgado Assad, cuja avaliação foi utilizada como base na solicitação do direito de resposta. “Além desses profissionais, a ABMRA também pediu apoio para outras importantes entidades de classe do setor, que estão se unindo neste movimento para levar a verdade ao grande público”, informa.
Fogo-amigo
Nas últimas semanas, dados sobre queimadas e desmatamento foram usados para atacar a imagem do agro brasileiro. Para Nicodemos, a atitude de artistas brasileiros nesse cenário foi como “fogo-amigo”. “Ao invés de valorizarem o que temos de melhor e mostrar à população que somos líderes mundiais em culturas e tecnologias de alta-performance, alguns preferem denegrir e inventar histórias. Preferem o caos à informação”, finaliza.