Desde o início da manhã desta quinta, dia 15, entidades realizam manifestações contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff em diversas regiões do país. Foram registrados protestos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento Sem Terra (MST) e Frente Brasil Popular.
Em São Paulo, cerca de cem manifestantes convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) interditaram totalmente, no início da manhã, a Rodovia dos Imigrantes, com bloqueio na altura do quilômetro 16, próximo à cidade de Diadema, no sentido da Capital paulista.
Segundo a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta/Imigrantes (SAI), por volta das 7h15 a Polícia Rodoviária estava desobstruindo duas faixas à esquerda. Em consequência do bloqueio.
Várias ruas da cidade de São Paulo foram bloqueadas ao tráfego de veículos, em atos simultâneos de protesto contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff . Em uma delas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os ativistas chegaram a ocupar as faixas das vias expressas e também da Marginal Tietê, no sentido rodovia Castelo Branco, na altura da avenida Morvan Dias Figueiredo, perto da Vila Guilherme.
Logo em seguida, os ativistas seguiram em caminhada para a Praça de Campo de Bagatelle em direção à Ponte das Bandeiras, desta vez no sentido centro da cidade. De lá, eles marcharam até a Avenida do Estado.
Simultaneamente, cerca de cem manifestantes interditaram a rodovia dos Imigrantes, com bloqueio na altura do km 16, perto de Diadema, no sentido capital paulista, em ato contra o impeachment. A manifestação foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Segundo a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta/Imigrantes (SAI), por volta das 7h15 a Polícia Rodoviária tinha liberado duas faixas à esquerda.Em consequência do bloqueio, havia lentidão de dois quilômetros. Os manifestantes desocuparam a rodovia por volta das 7h50, mas em razão da retenção do tráfego de veículos, a lentidão no trânsito atingiu cerca de sete quilômetros.
No Paraná, Manifestantes ligados à Frente Brasil Popular realizaram na manhã de hoje (15) seis bloqueios de rodovias federais no Paraná. No momento, cinco seguem obstruídas. As interdições foram planejadas como protesto em defesa do governo da presidenta Dilma Rousseff, no dia em que a admissibilidade do impeachment começou a ser debatida no plenário da Câmara dos Deputados.
O bloqueio mais próximo de Curitiba já foi desmobilizado e aconteceu no quilômetro 100 da BR-277, que liga a capital paranaense a Ponta Grossa. Cerca de cem manifestantes do Movimento Popular de Moradia interromperam os dois sentidos da rodovia, entre as 6h e as 8h, provocando congestionamento de cerca de dez quilômetros.
Os outros cinco pontos seguem ocupados por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sem previsão de liberação. A maior manifestação reúne cerca de mil pessoas em Nova Laranjeiras, no oeste paranaense, na altura do quilômetro 476 da BR-277.
No quilômetro 568 da mesma rodovia, em Cascavel, cerca de 500 pessoas bloqueiam o trânsito. Já no quilômetro 704, em São Miguel do Iguaçu, também no oeste do estado, a interrupção da via é feita por cerca de 150 manifestantes.
A região norte do Paraná tem duas rodovias interrompidas. Em Mauá da Serra, cerca de 400 integrantes do MST protestam no quilômetro 295 da BR 376. Já no município de Jacarezinho, 200 manifestantes ocupam o quilômetro 1 da BR-153.
As estimativas de participantes são da Polícia Rodoviária Federal, que está monitorando as manifestações e o trânsito, nas cinco localidades onde há bloqueios.