Dentre os países que utilizam o transporte hidroviário, os Estados Unidos são líderes. As hidrovias norte-americanas totalizam mais de 40 mil quilômetros, com seis rios navegáveis. São eles: Mississippi, Missouri, Ohio, Tennessee, Illinois e Arkansas.
A eficiência e aproveitamento dos recursos naturais chamaram a atenção de produtores brasileiros de grãos que visitaram os Estados Unidos para conhecer o agronegócio por lá.
A unidade de embarque da Cargill, que fica em Granville, às margens do rio Illinois, embarca soja (60%) e milho (40%) e tem capacidade de armazenagem de 1 milhão e 300 mil sacas.
Nesta época do ano, o ritmo de trabalho ainda não é tão intenso porque a colheita ainda não começou. Mas, daqui a menos de dois meses, mais de 3.000 caminhões por dia desembarcam grãos, que, ao chegar ali, são misturados. Todo o processo é automatizado: aproximadamente uma hora e meia para descarregar e o mesmo tempo para carregar.
Da unidade, os grãos seguem para dois portos: dois em Louisiana e um no Texas. Cada barcaça leva 60 mil sacas. Tudo que é embarcado aqui vai para fora dos Estados Unidos e leva duas semanas para chegar até o porto. Da unidade até o golfo do México, são 1.600 km. Depois que chegam ao destino final, as barcaças voltam com fertilizantes, areia, carvão e químicos.
Europa, China e Taiwan são os três maiores mercados compradores do grão. A empresa Cargill tem sete estações como esta que conhecemos no rio Illinois, que abriga ao longo de toda sua extensão mais 47 estações.
Nos vídeos abaixo, você acompanha o processo de descarga dos grãos no terminal da Cargill e vê o movimento de barcaças no rio Illinois.