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Exército inicia operação para conter conflitos em Mato Grosso do Sul

Polícia ainda investiga morte de índio em local de conflito agrário, na cidade de Antônio João, onde seis fazendas permanecem invadidas

Fonte: Canal Rural

Três dias após a morte do índio Simião Vilhalva, 24 anos, no município sul-mato-grossense de Antônio Joãotropas do Exército iniciarão nesta terça, dia 1º, a Operação Dourados para conter o conflito entre grupos indígenas e produtores rurais. A ação ocorre inicialmente em quatro cidades do estado: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã.

Atendendo à solicitação do governador Reinaldo Azambuja, a presidente Dilma Rousseff autorizou o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, braço militar do Ministério da Defesa, a planejar e desenvolver ações de garantia da lei e da ordem nos próximos 30 dias nessas localidades.

De acordo com o Ministério da Justiça, o aparato militar envolverá o Exército e poderá contar também, caso haja necessidade, com tropas da Marinha e da Aeronáutica. Em documento encaminhado à presidenta Dilma, Azambuja ressaltou que o atual contingente da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança se tornou insuficiente diante do acirramento do conflito.

O governo argumentou ainda que a disputa entre grupos indígenas e produtores rurais na região pode atingir “grandes proporções”.

O conflito se intensificou no sábado, dia 29, na fronteira do Brasil com Paraguai. De acordo com governo do estado, nove propriedades rurais foram ocupadas por grupos indígenas, o que provocou reação de produtores rurais.

Nesta segunda, dia 31, o governador Reinaldo Azambuja reuniu-se com representantes do Comando Militar do Oeste e autoridades de segurança pública para avaliar o agravamento do conflito. A partir do encontro, Azambuja formalizou o pedido ao governo federal para que o Exército atue na região.

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