A exportação total de carne bovina in natura e processada bateu recorde em julho, com crescimento de 24% em comparação com igual mês de 2017, depois de quatro meses consecutivos de resultados negativos. Foram embarcadas 159.004 toneladas no mês passado, em comparação com 127.787 toneladas em julho de 2017. Os preços também melhoraram significativamente. A receita cambial, que em julho de 2017 atingiu US$ 533,5 milhões, saltou para US$ 840 milhões em julho passado, crescimento de 58%. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Os números são positivos no acumulado do ano até julho, favorecendo alcançar a meta de crescimento de 10% em 2018, já que no segundo semestre do ano as vendas tendem a crescer, avalia a Abrafrigo. Em 2107 foram exportadas 783.735 toneladas de carne bovina até julho e a receita obtida foi de US$ 3,1 bilhões. Em 2018 a movimentação é de 841.002 toneladas e a receita cambial obtida atingiu US$ 3,5 bilhões, com crescimento respectivo de 7% e de 11%.
A China, por meio da cidade estado de Hong Kong e do continente, continua elevando suas importações de produto brasileiro. As compras chinesas passaram de 289.407 toneladas no acumulado de 2017 até julho para 370.192 toneladas este ano. A receita, que responde por 44,1% das vendas brasileiras, subiu de US$ 1,14 bilhão no ano passado para US$ 1,6 bilhão neste ano.
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O Egito é o segundo maior comprador do produto brasileiro até o momento, com 86.100 toneladas (+42%), o Chile é o terceiro, com 60.812 toneladas (+89%) e o Irã, o quarto, com 41.470 toneladas, embora tenha reduzido suas aquisições em relação a 2017 (-33%), por causa das dificuldades impostas pelas sanções dos EUA.
Segundo a Abrafrigo, há expectativa no setor pelo retorno da Rússia às compras do Brasil. A Rússia respondia por cerca de 10% das vendas brasileiras e, em 2017, havia movimentado 88 mil toneladas até julho. A Abrafrigo destaca uma recuperação nas vendas para alguns países da União Europeia: Alemanha (+32%); Países Baixos (+10%); Reino Unido (+16,7%) e Espanha (+30,8%). No total, 84 países aumentaram suas compras até julho enquanto outros 58 reduziram as aquisições de carne brasileira.