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Diversos

Quais fatores devem mexer com os preços do milho nesta semana?

O mercado segue de olho na demanda pelo grão dos Estados Unidos e também no comportamento das chuvas na América do Sul

Foto: Leonardo Melo da Rocha/Embrapa Milho e Sorgo

Na última semana, a alta demanda da China pelo milho dos Estados Unidos trouxe valorizações expressivas pelo grão na Bolsa de Chicago. Além disso, o comportamento das chuvas no Brasil e na Argentina ainda podem trazer um novo panorama aos preços.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado:

– O grande fator de alta no decorrer da semana em Chicago foi o bom volume de exportação de milho norte-americano com destino ao mercado chinês;

– Esse será um fator preponderante para a formação de tendência de curto prazo, avaliando o processo de recomposição do rebanho de suínos na China. Isso ocorrerá de maneira mais profissional;

– Um modelo de suinocultura que conta com uma maior integração ao longo da cadeia produtiva, semelhante ao modelo brasileiro. Esse tipo de atividade é mais exigente em relação à nutrição animal, ou seja, demanda mais milho e soja;

– Na última sexta-feira, foi relatado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 2,11 milhões de toneladas de milho com destino ao mercado chinês que devem ser entregues na temporada 2020/21;

– O clima na América do Sul também ocupa um papel relevante na formação de tendência de curto prazo, com projeção de chuvas moderadas na Argentina no decorrer da próxima semana;

– O mercado doméstico apresentou melhor oferta no decorrer da semana, com produtores aumentando a sua fixação em função da necessidade de liberar espaço nos armazéns;

– Esse movimento aparenta ser pontual, avaliando as dificuldades de abastecimento que tendem a se acentuar conforme avança a colheita da safra de soja;

– A prioridade de escoamento no primeiro semestre é da soja, o que tradicionalmente remete ao encarecimento do custo de frete. Somado a isso os produtores também relegam a comercialização de milho ao segundo semestre;

– Outro aspecto relevante é o atraso do plantio da safrinha em meio ao bom volume de chuvas no decorrer da segunda quinzena de janeiro.

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