O faturamento com as exportações do agronegócio brasileiro em junho alcançou recorde, de US$ 12,11 bilhões, o que representa uma alta de 25% em comparação com US$ 9,69 bilhões de junho de 2020. O aumento dos preços internacionais dos produtos agropecuários exportados pelo Brasil (30,4%) foi a principal variável responsável pelo recorde, informa a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (Mapa).
De acordo com a pasta, o incremento nos preços foi decisivo para o recorde mensal, em virtude da recuperação econômica global, já que houve queda de 4,1% no volume exportado.
As importações do agronegócio tiveram aumento de 54,2%, atingindo US$ 1,28 bilhão. Desta forma, o saldo da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 10,8 bilhões. Em virtude da elevação das exportações de produtos não-agrícolas em 105,3%, influenciados por exportações de minério de ferro e petróleo, a participação dos produtos do agronegócio nas exportações totais brasileiras alcançou 43,1%, mesmo com o recorde observado para os meses de junho. Em junho de 2020, a participação foi de 55,5%.
O principal setor exportador do agronegócio brasileiro foi o complexo soja, com um pouco mais da metade do valor das exportações do Brasil. As vendas externas de soja em grão alcançaram valor recorde de US$ 5,30 bilhões, mesmo com redução de 12,9% do volume exportado, 11,1 milhões de toneladas.
As exportações de carnes foram de US$ 1,78 bilhões (+26,6%) em junho. O incremento do valor ocorreu em função da elevação da quantidade exportada (+9,4%), como ao aumento do preço médio de exportação (+15,7%). A principal carne exportada foi a carne bovina, com registros de US$ 834,24 milhões (+12,7%).
Em relação à carne de frango, as exportações subiram 45,8%, para US$ 636,26 milhões em junho de 2021.
Já na carne suína houve registro recorde de exportações, com vendas externas de US$ 268,31 milhões (+36,4%). A quantidade exportada também foi recorde, com 107,2 mil toneladas (+12,9%).