Febre aftosa: data para vacinação é prorrogada no Paraná

O novo prazo para imunização do rebanho vai até dia 10 de dezembro. O prazo anterior para a imunização dos animais era 30 de novembro

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Foto: Seapec

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) prorrogou a etapa de novembro da vacinação contra febre aftosa até 10 de dezembro. A portaria foi assinada pelo diretor presidente da entidade, Inácio Kroetz, nesta quinta-feira, dia 29. O prazo anterior para a imunização dos animais era 30 de novembro.

O motivo da mudança de data está na falta de produtos nas revendas. Com a divulgação da proibição da venda de vacinas contra febre aftosa de doses de 5 ml no ano de 2019, as lojas adquiriram quantidades insuficientes de frascos para atender a demanda, “com previsão de não atingir os índices de preconizados de vacinação do rebanho paranaense”, diz o comunicado da Adapar.

Foram enviados ao Paraná cerca de 8 milhões de doses, que somadas ao estoque existente no Estado, são insuficientes para a vacinação do rebanho envolvido na etapa, estimado em 9,2 milhões de bovídeos. A orientação da Adapar é de que os comerciantes adquiram doses para disponibilizar aos pecuaristas.

Retirada da vacina

No início de novembro, por solicitação da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), pecuaristas e entidades do agronegócio estadual, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atendeu o pedido para antecipar a retirada da vacina contra a febre aftosa no Paraná. O ministério confirmou a autorização para que a última campanha de vacinação ocorra em maio de 2019. Desta forma, o Paraná irá deixar o Bloco V, junto com o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, que já é área livre de febre aftosa sem vacinação, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, para integrar o Bloco I, com Acre, Rondônia e partes de Amazonas, do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (Pnefa).

Na prática, a medida reforça o trabalho para que o Paraná obtenha o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2021. A partir de então, novos mercados que pagam mais pela qualidade da carne paranaense, tanto bovina, como suína e de aves, irão abrir as portas, beneficiando todos os elos da cadeia produtiva.