O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta segunda-feira (14) que está em fase final de estudos a retomada da produção de fertilizantes na Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da companhia no Paraná.
A fábrica está desativada desde 2020 e, após investimentos e adequações para atender às normas regulatórias, poderá voltar a operar no primeiro semestre de 2024.
Após a finalização dos estudos de viabilidade técnica e financeira, o tema deve passar ainda pela diretoria executiva e pelo conselho de administração da empresa.
De acordo com Prates, o setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras e para o país, já que o Brasil, mesmo sendo um grande produtor de commodities agropecuárias, ainda dependente de adubos de origem estrangeira.
“Esse mercado vem enfrentando muitos desafios no mundo todo. A Petrobras tem interesse em investir na reativação da Ansa por conta da sinergia da unidade com a Repar [Refinaria Getúlio Vargas”, diz ele. A operação, além de reduzir a dependência do país em relação à importação de fertilizantes, ainda geraria emprego e renda.
Ureia e amônia
A Ansa tem capacidade de processar cerca de 1,9 mil toneladas por dia de ureia e 1,3 mil toneladas por dia de amônia, usadas na produção de fertilizantes agrícolas, além de outros setores. A matéria-prima usada na unidade é o resíduo asfáltico, que pode ser obtido na Repar, também localizada na cidade de Araucária (PR).
Para o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, desde a “hibernação” da fábrica, os trabalhadores dos municípios do entorno estão sofrendo com o desemprego causado pela falta de oportunidades na região.
“Ao investir na retomada da produção na Ansa, estaremos demonstrando a capacidade da Petrobras em fornecer produtos de valor estratégico para o país, com total segurança operacional e ambiental, além de contribuir para o desenvolvimento regional”, disse.
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