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Força Nacional é enviada para confronto em Mato Grosso do Sul

Ministro da Justiça autorizou a operação depois de conversa com o governador do estado, Reinaldo Azambuja

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, autorizou o envio da tropa da Força Nacional para reforçar a segurança pública no município de Caarapó, no sudoeste de Mato Grosso do Sul. A decisão foi tomada após o ministro entrar em contato com o governador do estado, Reinaldo Azambuja, que solicitou o apoio na região.

A Força Nacional irá auxiliar as polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, a fim de restabelecer a ordem pública e preservar as pessoas e o patrimônio. Atualmente, a Força já atua em Mato Grosso do Sul, na cidade de Ponta Porã, em apoio às ações de combate aos crimes fronteiriços.
 
Por questões de segurança, a Força Nacional não informa a quantidade de militares em suas operações. O tempo de permanência na região será informado por meio de portaria, ainda a ser publicada.

Funai

A Fundação Nacional do Índio informou, através de nota, que está acompanhando in loco a situação em Mato Grosso do Sul. Segundo a Fundação, o coordenador regional substituto, José Vítor, está na região em contato com os indígenas.

“Ontem, Vítor foi acompanhado do Ministério Público Federal e hoje volta a dialogar com a tribo com um representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Também está prevista a ida, agora de manhã daqui de Brasília, de um representante da 6º Câmara de Constituição e Justiça , também do MPF, que se ocupa dentro outros assuntos, com as questões indígenas”, diz a Funai.

A Fundação afirma que já havia, desde terça, dia 14, entrado em contato com o Ministério da Justiça e órgãos diversos de segurança pública, o que teria culminado com a ida da Força Nacional para a região.

Acompanhe a íntegra da nota:

“A Funai reitera ainda que os Guarani Kaiowá lutam há décadas pela regularização fundiária dos seus territórios de ocupação tradicional e a Funai condena toda e qualquer reação desproporcional embasados em atos de força e violência contra o povo indígena.

Como órgão indigenista oficial do Estado Brasileiro, acredita no diálogo, no respeito mútuo, e na construção de um pacto Governamental e Social Amplo para solucionar os problemas enfrentados por povos indígenas e produtores rurais no cone sul de Mato Grosso do Sul.

Nesse sentido, vem trabalhando com o objetivo de garantir os direitos do povo Guarani Kaiowá e levá-los a superar situações de conflito, de insegurança e de vulnerabilidade social que vivenciam no atual contexto de confinamento territorial e de permanente restrição de direitos aos seus modos de vida.”

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