A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse, em nota, apoiar os estudos que deverão ser feitos para eventual questionamento na Organização Mundial do Comércio (OMC) das tarifas aplicadas pela China à carne de frango brasileira. “O setor defende que não há práticas de dumping por parte dos exportadores de carne de frango do Brasil, ou qualquer relação com as exportações e qualquer situação de dano mercadológico aos produtores e ao mercado da China”, disse a ABPA. Nesta quarta-feira, dia 11, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a elaboração de estudos sobre o assunto.
De acordo com a associação, o Ministério do Comércio da China (Mofcom) tomou a decisão de sobretaxar o Brasil após uma investigação incentivada por produtores chineses. “A investigação envolveu até mesmo empresas que não embarcam carne de aves para a China. Como resultado, foram aplicadas tarifas provisórias às exportações brasileiras, entre 18,8% e 38%”, destaca. A decisão final sobre a continuidade da tarifação será anunciada no próximo mês pelo governo chinês.
“Apoiamos os estudos para reafirmar a intenção do setor em complementar a demanda local, auxiliando na oferta de alimentos para a população chinesa, ao mesmo tempo em que provamos que fazemos isto com idoneidade. Os dados constantes na investigação comprovam a correta postura mercadológica dos exportadores brasileiros”, diz na nota o presidente da ABPA, Francisco Turra.