Representantes da associação devem se reunir com dois conselheiros do Cade para apresentar a demanda em Brasília ainda nesta segunda e já se reuniram com relator do processo em dezembro e janeiro.
– Nossa posição não é contra a fusão; todo mundo quer que o sistema ferroviário seja aperfeiçoado. O que o Brasil mais precisa dentro do agronegócio é uma logística condizente com seu poder de produção – destaca o presidente da Abiove, Carlo Lovatelli.
– Mas queremos que seja regulada de uma forma isonômica que atenda a todos. Nós somos contra esse risco de monopólio que vem com a fusão.
O gerente de Economia da Abiove, Daniel Amaral, salienta que a empresa resultante da operação passaria a ter controle sobre a ferrovia e interesse econômico sobre 45% da capacidade de granéis sólidos do Porto de Santos, gerando incentivos para discriminação de outros usuários.
Essa discriminação poderia ocorrer preterindo outras empresas que têm terminal portuário em Santos em favor dos terminais próprios, segundo a Abiove. Hoje, a ALL tem participação de 50% no terminal 39 em Santos em parceira com a Caramuru e 10% no TGG também em Santos em parceria com a Bunge e com a Maggi. A Rumo tem três terminais: 16, 17 e 19.