A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) alerta o produtor rural que o prazo para a semeadura do girassol em Goiás termina no próximo domingo (31). O período para o fim do plantio da oleaginosa está previsto na instrução normativa nº 01/2022.
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O prazo foi estabelecido com o objetivo de conter as plantas voluntárias de soja que germinam no meio do cultivo do girassol e controlar a proliferação da ferrugem asiática, doença que afeta a produção de soja. Isso ocorre porque o cultivo de girassol é uma atividade típica da safrinha, geralmente semeado em sucessão à soja, e não existem herbicidas seletivos para a cultura registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, ressalta que é importante o agricultor ficar atento aos prazos para assegurar as ações fitossanitárias necessárias à atividade agrícola.
“A agência adotou medidas, como o calendário de semeadura do girassol até o dia 31 de março, com o objetivo de reduzir a presença de plantas voluntárias de soja no meio da cultura do girassol e garantir que o período do vazio sanitário da soja seja respeitado. As tigueras podem vir a hospedar o fungo causador da ferrugem asiática, causando, assim, danos para a próxima safra de soja”, explica.
A gerente informa ainda que a IN nº 01/2022 estabelece também a obrigatoriedade da destruição de toda e qualquer planta voluntária de soja nas imediações das lavouras de girassol, permitindo que apenas aquelas no interior da cultura permaneçam sem obrigação de destruição até a colheita do girassol.
Nos casos em que a semeadura é feita após o dia 14 de março, as cultivares devem ser de ciclo curto (até 105 dias), porque a colheita final deve ser feita até 15 de julho. Outro aspecto que precisa ser observado, de acordo com a gerente, é o cadastro das lavouras no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) em até 15 dias após o término da semeadura.
Maior produtor de girassol do Brasil
Goiás se mantém na liderança isolada na produção de girassol no país. Conforme estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2023/2024 deve somar 47,3 mil toneladas em produção de girassol, superando em 0,9% a produção da safra 22/23, que resultou em 46,9 mil toneladas e foi a maior entre os estados brasileiros produtores de girassol.
“É uma cultura versátil e de fácil adaptação. Tornou-se boa opção de cultivo após a safra principal e por isso agricultores têm investido cada vez mais na atividade. É utilizada como fonte de óleo comestível, mas também na produção de farelo e silagem, entre outros”
José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa
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