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Governo: 2017 foi um ano excepcional para a produção agrícola brasileira

Para secretário de Política Agrícola, uma conjunção de fatores positivos ajudou a consolidar o país como um dos mais importantes players do agronegócio mundial

Fonte: Luiz Henrique Magnante/Embrapa

O ano de 2017 está sendo considerado excepcional para a agricultura brasileira. A surpressafra de 238 milhões de toneladas de grãos produzida em 2017 é um marco histórico, segundo Neri Geller, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Ele atribuiu o resultado a uma conjunção de fatores positivos que ajudou a consolidar o Brasil como um dos mais importantes players do agronegócio no mercado global. Geller lembra ainda que o Plano Agrícola e Pecuário “propiciou os instrumentos necessários para o produtor trabalhar com tranquilidade e segurança”.

Ao fazer o balanço da política agrícola em 2017, o secretário destacou que a mobilização de recursos alcançou o total de R$ 188,3 bilhões para o crédito rural em operações de plantio, comercialização e custeio para a safra 2017/2018. Para o Seguro Rural foram destinados R$ 550 milhões e R$ 1,4 bilhão no apoio à comercialização da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

Também estão garantidos recursos de investimentos em armazenagem de R$ 1,6 bilhão. Além disso, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) disponibilizou um total de R$ 21,7 bilhões, sendo R$ 18 bilhões para custeio, e R$ 3,7 bilhões para investimentos”. disse o secretário.

Modernização

Modernizar a produção agrícola foi, segundo o secretário, parte integrante da política agrícola em 2017. Ele lembrou que o programa de Inovação Tecnológica (Inovagro) disponibilizou linha de crédito para conectividade no campo, o que contribuiu para melhorar ainda mais a gestão das propriedades rurais, por meio da informatização e acesso à internet. O programa, que financia equipamentos de agricultura de precisão, conta com R$ 1,26 bilhão, com limite de R$ 1,1 milhão por produtor.

Outro programa importante na avaliação de Geller foi o de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), que foi ampliado em 82% passando a contar com R$ 9,2 bilhões. O programa permite o financiamento de máquinas e implementos agrícolas em até 90% com prazo de pagamento de sete anos. O limite de financiamento de custeio é de R$ 3 milhões por produtor, por ano-agrícola. Para o médio produtor o limite é de R$ 1,5 milhão. O prazo de pagamento é de 14 meses para produtores de grãos.

Infraestrutura e logística

Um dos gargalos da produção agrícola, o escoamento de toda a produção agrícola, principalmente a da região Centro-Oeste, recebeu uma atenção especial no ano passado. O secretário explicou que empreendimentos privados, implantados com o apoio do governo federal, permitiram a inversão do rumo logístico de boa parte da exportação brasileira de soja e milho, e a expansão da capacidade dos corredores de exportação do Arco Norte – formado pelos portos das regiões Norte e Nordeste.

A exportação por esses portos deverá totalizar 26 milhões de toneladas embarcadas para o exterior, representando 24% da exportação nacional. O Arco Norte já tem capacidade de embarque de 40 milhões de toneladas por ano de granéis agrícolas, número que deverá ser ampliado, de acordo com as demandas do setor produtivo.

“Por esse vetor logístico”, observou Neri Geller, “os custos de movimentação se situam bem abaixo daqueles registrados pelos portos do Sul e Sudeste, considerando-se o município mato-grossense de Sorriso como ponto de referência. Isso confere ao produtor rural a oportunidade de ampliar sua receita, pela economia obtida na cadeia logística, com reflexos positivos no desenvolvimento regional, na ampliação das áreas produtivas e na geração de emprego e renda”.

O custo médio da logística de movimentação para os portos do Pará e Amapá poderá ter redução de US$ 50 por tonelada no transporte da fazenda ao porto, o que resulta em maior apropriação de receita pelos produtores e, consequentemente, maior desenvolvimento regional e geração de emprego e renda.

“A melhoria das condições de logística e infraestrutura – após a conclusão das obras da BR 163 – é condição imprescindível para o escoamento da produção, o que contribuirá para a ampliação das exportações”, concluiu o Secretário de Política Agrícola. “Já foram atingidos recordes, uma vez que de janeiro a novembro houve aumento em 13% das vendas ao exterior, quando comparado a 2016. Exportamos 65,8 milhões de toneladas de soja e 25,2 milhões de toneladas de milho”, afirmou o secretário.

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