Entre dezembro e maio, período do verão, aumentam os casos de transmissão de febre amarela em grande parte do Brasil, sobretudo em regiões silvestres, rurais ou de mata. Por isso, o Ministério da Saúde alerta que essas são áreas onde se recomenda aos moradores e visitantes tomar a vacina contra a doença. A pasta divulgou uma lista com os locais em que a população deve se imunizar. A atualização é de 2015.
As doses são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, mais de 16 milhões de doses foram ofertadas. De acordo com o ministério, todos os estados, nas unidades básicas de Saúde (UBS), estão abastecidos com a vacina contra febre amarela, e o país tem estoque suficiente para atender toda a população nas situações recomendadas.
Segundo o órgão, a vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade em situações de rotina, ou a partir de seis meses de idade, em casos de surto da doença.
A doença
O vírus da febre amarela se mantém naturalmente num ciclo silvestre de transmissão, que envolve primatas não humanos (hospedeiros animais) e mosquitos silvestres. O Ministério da Saúde realiza a vigilância de epizootias (doenças que atacam animais) desde 1999, com o objetivo de antecipar a ocorrência da doença. Assim, é possível fazer a intervenção oportuna para evitar casos humanos, por meio da vacinação das pessoas e também evitar a urbanização da doença por meio do controle de vetores nas cidades.
Segundo o Ministério da Saúde, desde os primeiros casos suspeitos em macacos, no estado de São Paulo, no ano passado, tem sido mantida permanente articulação com a vigilância do estado para aplicação de medidas de prevenção e controle adequadas, oferecendo apoio técnico, capacitação de profissionais, suporte a investigações de casos, envio de vacinas.
Os sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Por isso, a recomendação ao identificar os sintomas é procurar uma unidade de saúde. Cerca de 20% a 50% das pessoas desenvolvem a forma grave da doença.
Vacinação
A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como pode haver queda na imunidade com o tempo de vacinação, o Ministério da Saúde definiu a manutenção de duas doses da vacina contra febre amarela no Calendário Nacional, sendo o esquema vacinal uma dose aos noves meses de idade com reforço aos quatro anos. Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses.