Governo libera R$ 83 bilhões para estimular o crédito

Parte dos recursos anunciados nesta quinta, durante reunião do “Conselhão”, ainda depende de autorização do Congresso

Fonte: Priscilla Mendes/Mapa

Depois de um ano e meio sem se reunir,  o Conselho de Desenvolvimento Econômico, conhecido como “Conselhão” foi reativado  nesta quinta-feira, dia 28, como estratégia do governo para tentar tirar o Brasil da crise. São 92 conselheiros representando empresários de diversos segmentos inclusive do agronegócio, movimentos sociais, sindicatos e a sociedade civil.

Foram anunciados R$ 83 bilhões, parte deste anunciou ainda depende de autorização do Congresso. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou detalhes de como vão ser destinados estes recursos.

O ministro anunciou R$ 10 bilhões para o pré-custeio; R$ 10 bilhões de financiamento para crédito habitacional; R$ 22 bilhões provenientes de recursos disponíveis do fundo de investimento do FGTS;  R$ 5 bilhões disponíveis para capital de giro para pequenas e médias empresas no âmbito do BNDES; R$ 4 bilhões disponíveis para financiamento de exportações, capital de giro para exportações, a chamada linha de  pré-embarque; R$ 15 bilhões para refinanciamento de prestações de financiamento de bens de capital. Também foram estimados mais R$ 17 bilhões, caso 10% dos recursos existentes sejam utilizados para dar garantias.

A aposta da ministra Kátia Abreu está nas exportações. Ela quer que o Brasil avance de uma participação de 7% do mercado mundial para 10%. Isso pode representar um aumento anual de US$ 2,5 bilhões.

Segundo ela, a presidente pautou uma lista de países que ela acha importante contemplar, como os países árabes e a Índia, além de continuar investindo na China e no Irã.  “O nosso comando, para 2016, é a prioridade nas exportações”, disse Kátia Abreu.
 
Entre os 92 membros do Conselhão está o empresário Eraí Maggi, representando o setor do agronegócio. Ele gostou da iniciativa e acredita que o dinheiro vai voltar a circular na economia.
 
A estratégia do governo é fazer o dinheiro circular na economia no curto prazo. Ao mesmo tempo, deixou claro que não abre mão de  reeditar a famosa CPMF, imposto provisório sobre as movimentações financeiras.  A presidente Dilma pediu sugestões aos conselheiros de alternativas tão eficientes quanto essa taxação.  Também reforçou que vai trabalhar forte para as reformas tributária e da Previdência Social.