O Canal Rural recebeu a mesma informação do setor de seguros na última terça, dia 5. Segundo cálculo da Faep, R$ 60 milhões são necessários para quitar a subvenção do milho segunda safra. Fontes também informaram que o trigo deve ter repasse de R$ 90 milhões do Mapa para garantir o subsídio ao seguro para cultura. Procurado pelo Canal Rural, o Ministério da Agricultura, não confirma estas informações e diz que irá se posicionar “no momento adequado”.
A federação relata que a informação de que não haverá dinheiro para garantir o PSR para as lavouras de milho foi dada pelo Ministério ao presidente, Ágide Meneguette.
– Na verdade, isso ocorre tardiamente [definição sobre repasse para o milho safrinha], o produtor de milho safrinha já implantou toda a cultura. Vale lembrar que o milho safrinha tem o prêmio mais alto de seguro. Um que não cabe no custo de produção. Estamos trabalhando para reverter e pedimos para as seguradoras ainda não cobrarem os produtores. Não há explicação para isso – comenta o chefe do Departamento Econômico da Faep, Pedro Loyola.
Caso o recurso do milho não seja liberado, as companhias de seguro cobrarão o valor integral da apólice. Em 2014, o PSR atendeu 8.235 produtores de milho segunda safra com subvenção de R$ 72 milhões. Por ser uma cultura de risco alto, o valor da apólice fica muito caro para o agricultor arcar sozinho.
Crise no PSR
Desde o final de 2014, o Seguro Rural vem enfrentando problemas. Dos R$ 700 milhões previstos para subsídio de apólices no Plano Safra 2014/2015, o governo está devendo R$ 690 milhões, sendo R$ 390 milhões referentes à safra de inverno de 2014, os outros R$ 300 milhões para a cobertura para a safra de verão, que nem sequer foram empenhados no orçamento do ano passado.