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Governo quer acelerar processo de impeachment para evitar prejuízos à economia

Intenção é não usar o prazo de dez sessões após a eleição da comissão especial que analisará o pedido

Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo pretende apresentar com rapidez a defesa da presidente Dilma Rousseff, de modo que o pedido de impeachment seja votado em plenário antes do Natal. A intenção é não usar o prazo de dez sessões após a eleição da comissão especial que analisará o pedido. A comissão deverá ser eleita ou referendada nesta terça-feira, dia 8, pelo plenário da Câmara. O Partido dos Trabalhadores (PT), já confirmou os representantes na comissão.

De acordo com o deputado Henrique Fontana (PT-RS), um dos principais articuladores do governo nessa questão, dar celeridade ao processo pode evitar que a crise política contamine ainda mais os problemas econômicos do país. Segundo ele, é uma preocupação que certamente será levada em conta por boa parte da oposição.

“Não consigo acreditar que a oposição queira realmente paralisar o país por mais três meses [apesar do discurso adotado por algumas de suas lideranças, no sentido de postergar a apreciação do pedido deimpeachment]. Até porque, há cerca de 15 dias saímos juntos, situação e oposição, do plenário, quando Eduardo Cunha cancelou a reunião do Conselho de Ética”, afirmou Fontana.

Fontana voltou a criticar Cunha. “Ele não tem condições de presidir a Casa, mas tem a caneta na mão para criar uma cortina de fumaça e defender seus próprios interesses. Essa cortina de fumaça parece estar atrapalhando os olhos do DEM e do PSDB, uma vez que está claro que as acusações contra a Dilma não têm nenhuma consistência. O que não pode é a oposição parar o país por três ou quatro meses, a fim de fazer palanque para uma luta política”, acrescentou o deputado petista.

“Caso contrário, a oposição estará demonstrando não se importar com o fato de o pedido ser assinado por um dos políticos mais corruptos do Brasil. Após as denúncias do Supremo Tribunal Federal, todas peças se encaixaram: contas, extratos de cartões de crédito. É por isso que tenho dito: Cunha sequer pode ser chamado de presidente.”

Antes da homologação da comissão, o presidente da Câmara vai se reunir com os líderes partidários para tratar do funcionamento do colegiado. Embora os partidos tenham começado a discutir na semana passada a indicação dos parlamentares para a comissão, muitos ainda não fecharam todos os nomes.

O analista político, Fernando Rodrigues, alerta que se houver mesmo recesso dos parlamentares será ruim para o governo, pois as decisões ficarão para fevereiro. Ele diz que, se não houver, o governo está confiante na eliminação do processo.

Veja o comentário de Rodrigues:

PT define representantes na Comissão

Líder do PT na Câmara, o deputado Sibá Machado (PT-AC) confirmou as indicações para as oito vagas a que o partido tem direito na Comissão Especial que vai analisar a abertura do processo de impeachment da presidente.

Segundo Sibá, a bancada do partido será representada, além dele, pelos deputados Henrique Fontana (RS), José Mentor (SP), Arlindo Chinaglia (SP), Wadih Dhamous (RJ), Paulo Teixeira (SP), Vicente Candido (SP) e José Guimarães (CE), líder do governo na Casa. 

Os suplentes do partido na comissão são Afonso Florence (BA), Benedita da Silva (RJ), Carlos Zarattini (SP), Léo de Brito (AC), Maria do Rosário (RS), Paulo Pimenta (RS), Pepe Vargas (RS) e Valmir Assunção (BA)

O colegiado terá 65 titulares e igual número de suplentes. As cadeiras serão distribuídas proporcionalmente ao tamanho de cada bancada. O PT e o PMDB são as legendas com maior número de vagas na comissão: oito para cada. 

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