Granol nega que irá pedir recuperação judicial

Processadora de soja e fabricante de biodiesel, empresa afirma que suspendeu operações em duas usinas para aguardar momento de maior equilíbrio entre oferta e demanda no mercado

Fonte: Roberto Kazuhiko Zito/Embrapa

A empresa Granol divulgou uma nota desmentindo especulações de que estaria próxima de solicitar recuperação judicial. Processadora de grãos e uma das maiores fabricantes de biodiesel do país, a empresa suspendeu as operações de duas unidades para recepção e processamento industrial de soja no final de 2016 – uma em Porto Nacional (TO) e outra em Cachoeira do Sul (RS). No comunicado à imprensa, a Granol afirma que busca um modelo “mais dinâmico, mais produtivo e mais rentável” para operar, mesmo que isso signifique focar a produção em algumas unidades industriais. 

“Operamos quando há rentabilidade satisfatória, e atualmente a agressividade do setor pela busca de volume em detrimento de margem nos levou à decisão de aguardar um equilíbrio saudável entre oferta e demanda para retomar a operação das usinas de Tocantins e Rio Grande do Sul. O aumento da mistura obrigatória para B9 [mistura de 9% de biodiesel ao diesel; atualmente, a proporção é de 8%] prevista para o próximo semestre deverá trazer melhores oportunidades”, informa o texto, assinado pela diretora financeira da Granol, Paula Regina Gomes Cadette.

A empresa afirma que houve dispensas e remanejamento de funcionários das unidades paralisadas, mas não informou o número de pessoas afastadas. A Granol também informou que mantém a produção de biodiesel ativa na planta de Anápolis (GO).