A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nota em que diz receber a decisão da Câmara dos Deputados sobre a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff “consciente da responsabilidade que terá no processo de reconstrução do país”.
“Entendemos que foi dado um primeiro passo importante para que se restabeleçam as condições de governabilidade, que consideramos essenciais para a volta do crescimento econômico, com equilíbrio e harmonia entre os brasileiros”, afirma a entidade.
No comunicado, a CNA informa que, após ouvir produtores rurais de todos os estados, decidiu se unir aos movimentos sociais urbanos na mobilização pelo impeachment e disse estar convicta de que contribuiu de forma efetiva para o resultado. Para a entidade, são necessárias “mudanças estruturais” nos Ministérios da Justiça, do Trabalho e do Meio Ambiente, além de outros órgãos federais.
“Fazemos um apelo ao Senado Federal para que dê sequência às ações empreendidas até agora, no sentido de avançarmos nas mudanças desejadas pela sociedade”, acrescentou a CNA, referindo-se à continuidade do processo de impeachment, agora nas mãos do Senado.
Associação Brasileira do Agronegócio
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) também se posicionou favorável à mudança de governo, reforçando a necessidade de o debate acontecer sem violência. “Diante da atual crise política e econômica vivida pelo país e dos últimos acontecimentos em decorrência das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, o setor produtivo do agronegócio conclama para que, em qualquer situação, se mantenha o Estado Democrático de Direito e o princípio da ordem pública constituída”.
A entidade destacou, em nota, que a situação econômica do país é difícil e que a falta de confiança das empresas e da sociedade no Governo e na classe política leva a um momento de redução de investimentos, do consumo e aumento do desemprego. “Essa instabilidade econômica e social afeta a todos nós. Para recuperarmos a confiança e o crescimento são necessárias mudanças significativas na política e, consequentemente, na economia”, diz a Abag.
Aprosoja-Brasil
A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) também manifestou apoio à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e aos demais deputados que votaram a favor do impeachment. Segundo a entidade, a posição adotado pelos parlamentares deram ao país a esperança de “emergir da crise rumo um novo caminho de recuperação social e econômica”.
Na nota divulgada nesta segunda, dia 18, a Aprosoja agora declara “apoio aos senadores que já se posicionaram pela aprovação do processo naquela Casa, e que todos os parlamentares possam se unir em torno de uma nova agenda”.
Associação Brasileira de Proteína Animal
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), por sua vez, afirmou que “seja qual for a composição de governo que o país terá após este longo processo político (…), temos confiança de que o agronegócio brasileiro seguirá sólido”.
Em nota, a associação destacou que, apesar dos desafios enfrentados pelo agronegócio, de ordem econômica, climática, sanitária e política, o setor se mantém forte, “superando os novos obstáculos e mantendo os níveis de crescimento que somente o campo tem apresentado nos últimos anos”.
A respeito do cenário político e econômico vivido pelo país, a ABPA afirmou que “as cadeias produtivas da avicultura e a suinocultura do Brasil confiam na superação desta conjuntura”.