Em reunião com líderes dos partidos políticos, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado Federal, disse que, caso os líderes não indiquem os representantes à Comissão Especial que avaliará o processo de impeachment, ele fará as indicações. Calheiros garantiu que o tempo regimental de 48 horas será respeitado. A reunião decidiu que a formação da comissão será em blocos.
Com isso, o prazo para indicação corre até a sexta, dia 22, já na quinta-feira, dia 21, é feriado de Tiradentes. A comissão será formada só na próxima segunda, dia 25, quando ocorre a primeira sessão deliberativa.
A oposição está criticando a manobra. Ronaldo Caiado (DEM-GO), por exemplo, disse em seu Twitter que “estão querendo descumprir a legislação para atrasar o impeachment”.
Acabamos de sair da reunião de líderes do Senado. Estão querendo descumprir a legislação para atrasar o impeachment.
— Ronaldo Caiado (@SenadorCaiado) 19 de abril de 2016
Temos o Regimento Interno indicando o rito para que se instale a Comissão assim que for feita a leitura do processo, ou seja, hoje
— Ronaldo Caiado (@SenadorCaiado) 19 de abril de 2016
Entendimento do PT, que está sendo seguido pelo presidente Renan Calheiros, é de que existira um prazo de 48h para indicar membros
— Ronaldo Caiado (@SenadorCaiado) 19 de abril de 2016
Instalação da comissão só seria na próxima semana! Estão querendo atrasar o impeachment rasgando as leis. E o presidente vai ser conivente?
— Ronaldo Caiado (@SenadorCaiado) 19 de abril de 2016
Já a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), cotada pra relatoria, defende a ordem do presidente.
Seguindo o cronograma, a comissão vai votar o relatório no dia 10 de maio. Depois, o Plenário tem até 48 horas pra votar o texto.