Depois de nove meses, a etapa final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, começou na manhã desta quinta, dia 25. O acesso ao Congresso Nacional foi bloqueado para o público. O processo começou com meia hora de atraso e um pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que preside a sessão no Senado, para que os senadores fossem imparciais na decisão.
A previsão para este primeiro dia de julgamento era ouvir as testemunhas. Duas de acusação e seis de defesa. mas os senadores passaram boa parte do tempo discutindo questões de ordem. Um dos momentos mais tensos teve como protagonista a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), ex-ministra de Dilma Rousseff. Ela alegou que os parlamentares não tinham moral para julgar a ex-presidente.
A previsão é que o processo termine entre terca e quarta-feira da semana que vem, sendo que a sessão desta sexta pode avançar até o dia seguinte. O tempo total vai depender da batalha travada entre os senadores a favor e contra o impeachment.
Um dos momentos mais esperados do julgamento vai acontecer na segunda de manhã. A presidente afastada confirmou que vai ao Senado para falar durante 30 minutos e depois ser questionada pelos senadores. Depois da fala de Dilma Rousseff, cada parlamentar vai ter mais dez minutos para debate, e a defesa e a acusação, uma hora e meia. Na etapa final, o presidente do STF faz um resumo é só então começa a votação nominal e eletrônica. Se 54 dos 81 senadores votarem sim, Dilma perde o mandato definitivamente.
Veja no quadro no alto desta página, como pretendem votar os senadores que fazem parte da Frente Parlamentar da Agropecuária.