As exportações brasileiras no mês alcançaram a cifra de US$ 13,704 bilhões, contra importações de US$ 16,878 bilhões no período.
O valor referente às vendas externas representa uma retração de 10,4% sobre o mesmo mês do ano passado e de 17,9% sobre dezembro de 2014, pela média diária.
Apesar do resultado negativo, o déficit caiu 21,9% em relação a 2014. Em janeiro do ano passado, o país tinha importado US$ 4,068 bilhões a mais do que tinha exportado, o pior resultado da história para o mês. A diferença entre compras e vendas está caindo porque as importações estão recuando mais que as exportações.
Café
A exportação brasileira de café em grão no mês de janeiro (21 dias úteis) alcançou 2,725 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde a uma elevação de 7,04% em relação a igual mês do ano passado (2,546 milhões de sacas). Em termos de receita cambial, houve crescimento de 61,1% no período, para US$ 546,3 milhões em comparação com os US$ 339,1 milhões registrados em janeiro de 2013.
Quando comparada com dezembro passado, a exportação de café em janeiro apresenta queda de 10,5% em termos de volume – em dezembro os embarques somaram 3,045 milhões de sacas. A receita cambial foi 12,3% menor, considerando faturamento de US$ 623,1 milhões em dezembro passado.
Etanol
A receita com as vendas de etanol decresceu 24,7% em relação a janeiro de 2014, chegando a US$ 88 milhões. O Brasil exportou em janeiro 153,8 milhões de litros de etanol, o que corresponde a um aumento de 15,7% na comparação com os 132,9 milhões de litros embarcados em dezembro de 2014.
Em relação a janeiro do ano passado, quando foram embarcados 192,8 milhões de litros, o volume é 20,2% menor.
Suco de laranja
A receita com exportação de suco de laranja do Brasil atingiu US$ 161 milhões em janeiro de 2015, queda de 19,46% em comparação com os US$ 199,9 milhões do mesmo mês do ano passado. Na comparação com dezembro de 2014, o recuo foi de 39,1% sobre os US$ 264,2 milhões movimentados com os embarques da bebida.
O volume de suco de laranja exportado no mês passado foi de 176,7 mil toneladas, recuo de 7% ante as 190 mil toneladas embarcadas em janeiro de 2014 e de 36,6% na comparação com as 278,6 mil toneladas enviadas ao exterior em dezembro do ano passado.
O preço médio por tonelada do suco exportado em janeiro, de US$ 911,50, ficou 3,88% abaixo dos US$ 948,30/t de dezembro e foi 13,35% menor do que os US$ 1.052,00/t de janeiro do ano passado.
Açúcar
O Brasil exportou em janeiro 1,777 milhão de toneladas de açúcar bruto e refinado, volume 2,3% menor que as 1,818 milhão de toneladas embarcadas em dezembro e 16,9% inferior ante as 2,137 milhões de toneladas registradas em igual mês de 2014.
Dados do MDIC mostram que, do total embarcado no mês passado, 1,747 milhão de toneladas foram de açúcar demerara e 29,2 mil toneladas de refinado.
A receita obtida com a exportação total de açúcar em janeiro último foi de US$ 625,3 milhões, 5,3% menor que a registrada em dezembro (US$ 660,2 milhões) e 26,8% abaixo dos US$ 853,9 milhões computados em janeiro de 2014.
Celulose
O volume das exportações brasileiras de celulose recuou 3,2% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 957,1 mil toneladas. A receita arrecadada com a venda da commodity apresentou retração de 17,7% no período, para US$ 422,8 milhões.
O preço praticado no mês passado caiu 15% em relação a janeiro de 2014, e foi para US$ 441,8 por tonelada. No mesmo mês do ano anterior, a tonelada da celulose brasileira era vendida a US$ 519,5.
Em relação a dezembro de 2014, o mês de janeiro apresentou uma queda de 5,3% no volume de celulose exportada. Em valores, o recuo foi ainda maior, de 5,8% na comparação mensal. O preço praticado caiu 0,5% no período.
Carnes
No grupo dos básicos, houve queda em relação a janeiro do ano passado nas receitas referentes a carne bovina (-25,5%, para US$ 326 milhões); carne suína (-16,5%, para US$ 65 milhões); farelo de soja (-13,8%, para US$ 408 milhões); e carne de frango (-8,6%, para US$ 418 milhões).
No total das exportações de todos os produtos no primeiro mês deste ano, os principais países compradores foram, em ordem decrescente, Estados Unidos (US$ 1,975 bilhão); China (US$ 1,345 bilhão); Argentina (US$ 852 milhões); Países Baixos (US$ 772 milhões); e Alemanha (US$ 444 milhões).
Importações
Quando comparadas às aquisições de janeiro de 2014, decresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (-28,4%), bens de consumo (-14,2%), bens de capital (-8 %) e matérias-primas e intermediários (-7%).
No grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente pela diminuição dos preços e das quantidades embarcadas de petróleo e óleos combustíveis.
No segmento de matérias-primas e intermediários, diminuíram as aquisições de produtos alimentícios, acessórios de equipamento de transporte, partes e peças de produtos intermediários, matérias-primas para agricultura, produtos agropecuários não alimentícios e produtos químicos/farmacêuticos.
Em termos de países, os cinco principais fornecedores do Brasil em janeiro de 2015 foram China (US$ 3,703 bilhões); Estados Unidos (US$ 2,542 bilhões); Alemanha (US$ 901 milhões); Argentina (US$ 783 milhões); e Coreia do Sul (US$ 612 milhões).