Incêndio em Santos é apagado, mas resfriamento dos tanques continua

Desde a segunda, dia 6, 400 mil toneladas de soja deixaram de ser entregues no porto de Santos, segundo a AbioveOs bombeiros apagaram ontem, dia 9, o fogo no último tanque da empresa Ultracargo, no bairro da Alemoa, em Santos, que durou uma semana.  O trabalho de resfriamento ainda continua, já que os vazamentos de combustíveis ainda podem reiniciar as chamas. O incêndio começou há nove dias.

Fonte: Divulgação/Corpo de Bombeiros da PMESP

Ontem, o comandante do Corpo de Bombeiros, Marco Aurélio Alves Pinto, sobrevoou a área dos tanques em um helicóptero e confirmou que o fogo estava controlado. O foco do trabalho hoje será o resfriamento e o conserto de vazamentos nas tubulações. Técnicos de uma empresa americana, contratada pela Ultracargo, chegam hoje a Santos para ajudar na etapa final. A empresa já combateu fogo em poços de combustível no Iraque após bombardeio.

Segundo a prefeitura de Santos, as atividades da empresa Ultracargo, que faz o armazenamento e a movimentação de produtos químicos e petroquímicos na área industrial da Alemoa, estão embargadas até que sejam cumpridas determinações legais que garantam a segurança do local.

Em nota, a empresa informou que seu terminal em Santos sempre funcionou com todas as licenças e autorizações necessárias e que suas operações obedecem a todas as legislações, regulações e normas técnicas aplicáveis. A companhia garantiu que vai prestar todos os esclarecimentos necessários à prefeitura e que continuará em cooperação com as autoridades.

Desde a segunda, dia 6, 400 mil toneladas de soja deixaram de ser entregues no porto de Santos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove). A carga está retida nos caminhões na margem direita que estão sem acesso ao porto devido ao incêndio nos tanques de combustíveis da Ultracargo. Não há estoques de soja e farelo nos terminais das exportadoras.

– É um número muito preocupante porque este volume não pode ficar retido nos caminhões, enquanto as empresas pagam de US$ 20 a 25 mil por cada navio que está parado no Porto sem poder embarcar – lamenta o secretário-geral da Abiove, Fábio Trigueirinho.

A previsão é de que o tráfego na margem direita seja liberada nesta sexta, 10.

– Essa situação precisa ser resolvida o quanto antes. Os navios não embarcarem por falta de carga é ruim para a imagem do país. Os motoristas dos caminhões ficarem parados nas estradas sem segurança e sem alimentação adequada é ruim para eles. Os atrasos nos embarques e os custos sendo pagos é ruim para o setor. Impacta todo mundo – salienta Trigueirinho.

Os reflexos do incêndio nos tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, no bairro Alemoa, em Santos, litoral paulista, geram um prejuízo de pelo menos R$ 2,5 milhões por dia (R$ 20 milhões desde que o incêndio começou), informa o Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan).