Já a inflação industrial atacadista acelerou e registrou alta de 1,37% na leitura divulgada nesta segunda, dia 11, contra avanço de 1,28% na mesma base de comparação. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,90% na primeira prévia de maio, em comparação com a alta de 0,80% em igual prévia de abril.
• Valor bruto da produção agropecuária pode crescer 2,2% em 2015, estima CNA
Os preços dos bens intermediários, por sua vez, tiveram alta de 1,05% na leitura anunciada nesta segunda, dia 11, após avançarem 1,48% na primeira prévia do mês passado. Já os preços das matérias-primas brutas tiveram recuo de 0,50%, ante aumento de 1,61% na mesma base de comparação.
Soja, milho e café mais baratos, mas carne pressiona IPA
A queda nos preços de soja, milho e café foi o principal fator que contribuiu para a desaceleração da inflação atacadista na primeira prévia do IGP-M deste mês. Mas a perda de força concentrou-se nos produtos agropecuários, enquanto os industriais continuaram acelerando.
O minério de ferro e as carnes bovinas (frigorificadas), por exemplo, ficaram ainda mais caros do que em igual período do mês passado, informou a FGV. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,56% na leitura anunciada nesta segunda, menos da metade da taxa observada na primeira prévia de abril (1,28%).
Boa parte da diferença ocorreu devido à queda de 0,50% nos preços de matérias-primas brutas, que no mês passado haviam ficado 1,61% mais caras. Entre os itens que trouxeram alívio ao índice estão soja em grão (4,43% para -4,05%), milho em grão (1,00% para -5,21%) e café em grão (4,40% para -1,69%).
No sentido contrário, pressionaram a inflação atacadista leite in natura (1,17% para 4,37%), minério de ferro (1,93% para 3,67%) e minério de cobre (4,55% para 15,86%). Na contramão do movimento geral do atacado, os bens finais aceleraram de 0,80% para 0,90% na passagem do mês.
Isso ocorreu porque o subgrupo alimentos processados saltou de 1,70% para 2,28% entre as primeiras prévias de abril e de maio. Só a carne bovina comercializada pelos frigoríficos ficou 6,35% mais cara, enquanto as aves abatidas e frigorificadas subiram 6,10%.
O índice correspondente aos bens intermediários, por sua vez, desacelerou a 1,05%, ante 1,48% na primeira prévia do mês passado. A principal contribuição para o movimento partiu do subgrupo suprimentos, que passou de 5,14% para -0,08%.
O IGP-M subiu 0,51% na primeira prévia de maio, ante avanço de 1,03% na primeira prévia do mesmo índice em abril. O período de coleta de preços para o cálculo do índice foi de 21 a 30 de abril.