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Economia

Ipea registra deflação para todas as faixas de renda em agosto

Indicador registra variação entre -0,51% para as famílias de renda alta e -0,12% para as de renda muito baixa

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira (13), os dados de agosto do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, que registrou deflação para todas as faixas de renda, com variações entre -0,51% para o segmento de renda alta e -0,12% para a classe de renda muito baixa.

No acumulado deste ano, até agosto, as taxas de inflação variaram de 4,11% (renda média alta) a 4,94% (renda muito baixa).

A deflação dos grupos “transportes” e “comunicação” foi o principal ponto de alívio inflacionário para todas as classes de renda.

No caso dos transportes, as quedas de 11,6% da gasolina, de 8,7% do etanol e de 12,1% das passagens aéreas explicam grande parte do recuo da inflação em agosto, principalmente para as famílias de renda média-alta e alta, em que o peso desses itens na cesta de consumo é maior do que nas demais faixas.

As maiores contribuições do grupo “comunicação” para a queda da inflação vieram das deflações nos planos de telefonia fixa (-6,7%) e móvel (-2,7%).

O recuo de 1,3% nas tarifas de energia elétrica, em agosto, também contribuiu para o alívio inflacionário, especialmente das famílias de menor renda, cujo percentual do orçamento gasto com este item é relativamente mais elevado.

Por sua vez, a alta de preços no grupo de “saúde e cuidados pessoais” impediu uma redução ainda mais significativa da inflação dessas famílias, sobretudo com o impacto do reajuste de 2,7% dos itens de higiene pessoal. Para os domicílios de renda mais elevada, a deflação só não foi maior devido à alta no grupo “despesas pessoais”, puxada pelo aumento de preços dos serviços pessoais (0,59%) e do fumo (1,2%).

Embora ainda tenha apresentado uma contribuição positiva para a inflação, a desaceleração do grupo “alimentos e bebidas”, refletida pelas quedas dos preços dos cereais (-1,6%), tubérculos (-5,9%), carnes (-0,53%) e óleos (-3,4%), pode ser apontada como um fator de descompressão inflacionária em agosto, principalmente para as famílias de menor renda.

Na comparação com agosto de 2021, a taxa de inflação mensal recuou para todas as faixas de renda. Os grupos que tiveram um melhor resultado em relação ao ano passado foram, novamente, “transporte” e “comunicação”. O grupo “transporte” foi puxado pela redução de 10,8% dos combustíveis em agosto de 2022, contra a alta de 2,6% registrada em 2021. Já as reduções de 6,7% e 2,7% das telefonias fixa e móvel, assim como a taxa de 0,0% de variação nos serviços de streaming, contrastaram com as altas de 0,64%, 0,12% e 6,4%, respectivamente, em agosto de 2021.

Em relação aos alimentos no domicílio, os reajustes observados, em agosto do ano passado, nos tubérculos (8,0%), nas hortaliças (5,2%), no leite e seus derivados (1,9%) e nas aves e ovos (3,7%) cederam lugar a variações bem mais modestas neste ano, com deflações de 5,6% e 4,4% nos dois primeiros itens e alta de 0,44% e 2,1% nos dois últimos.

No acumulado em 12 meses, todas as classes de renda registraram desaceleração inflacionária na comparação com os resultados obtidos até julho. Em termos absolutos, a inflação acumulada em doze meses atingiu, em agosto, taxas variando entre 8,2% para a faixa de renda média-alta e 9,2% para a faixa de renda muito baixa.

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