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TO: Justiça investiga novas irregularidades em Campos Lindos

Ponte que dá acesso ao município do polêmico projeto agrícola no norte do estado foi superfaturadaA Justiça do Tocantins bloqueou os bens do atual governador, Marcelo Miranda, e do ex-governador, Siqueira Campos. Ambos são acusados de superfaturamento nas obras de uma ponte no município de Campos Lindos. No início do mês, uma reportagem do Canal Rural denunciou o lucro milionário de políticos com a venda de terras na região.

Fonte: Canal Rural

Os bens do governador Marcelo Miranda (PMDB) e do ex-governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB), de quatro empresas e de 11 investigados foram bloqueados após uma ação civil pública do Ministério Público Estado (MPE) do Tocantins. O MPE quer garantir o ressarcimento aos cofres públicos do valor de R$ 10,6 milhões em razão do superfaturamento na construção de uma ponte sobre o rio Manuel Alves no município de Campos Lindos.

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A região de Campos Lindos, no norte do Tocantins, é alvo de denúncias de irregularidades desde a gestão de Siqueira Campos, no final dos anos 1990, quando o então governador desapropriou uma área de 105 mil hectares para criar o Projeto Agrícola Campos Lindos, com o objetivo de impulsionar a agricultura no Tocantins. Para isso expulsou os pequenos agricultores das terras e, em seguida loteou e vendeu a área por valores abaixo do mercado para grandes produtores e políticos influentes, como a atual ministra da Agricultura Kátia Abreu.

Além de terem comprado as terras a preços abaixo do mercado, os contemplados foram favorecidos pelo Poder Público com obras de infraestrutura, que agora são alvo de investigação da Justiça. De acordo com o ouvidor do Incra, o  Hilton Faria da Silva, este investimento em infraestrutura é um dos fatores que gerou a supervalorização das terras no local. Para se ter uma ideia, a ministra Kátia Abreu vendeu das terras em Campos Lindos com uma valorização de 16.000%, em 2010.

O governador Tocantins, Marcelo Miranda, está fora do país. Seu secretário de comunicação, Rogério Silva disse, por telefone, que o contrato foi assinado na gestão anterior e que o governador apenas deu sequência ao contrato. Disse, ainda, que o governador vai recorrer. O ex governador Siqueira Campos não foi encontrado.

Ação civil

A ação civil investiga um contrato para construção da ponte, firmado em dezembro de 1998, entre a Secretaria de Transportes e Obras, e um consórcio de empreiteiras. De acordo com o processo, foram constatadas várias irregularidades na licitação e execução da obra, dentre as quais estão o excessivo número de obras em uma única concorrência pública (o que limita claramente a concorrência),informações imprecisas quanto à fonte pagadora do contrato, exigência de documentos em desconformidade com a legislação, e inclusão de obras que já eram objeto de outros contratos realizados anteriormente com o Estado.

A empresa vencedora apresentou valor 57,09% superior ao estimado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Tocantins (Dertins). As obras iniciaram-se somente em julho de 2000 e geraram uma nova lista de irregularidades, como a atualização dos valores do contrato em dólares; inclusão de itens de serviços não previstos em planilha; prática de sobrepreço; medição de serviços em duplicidade; documentação inconsistente, incompleta ou mesmo, inexistente.

Além de Marcelo Miranda e Siqueira Campos, a decisão bloqueia os bens das empresas Consórcio Emsa/Rivoli/Construsan, Rivoli SPA, Empresa Sul Americana de Montagens S.A. (EMSA) e Construsan Construtora e Incorporadora Ltda.. Os outros envolvidos são o então diretor-geral do Dertins, Manoel José Pedreira; o secretário de Infraestrutura, Ataíde de Oliveira; Adriano Macedo e Luciano Nogueira B. Sobrinho, então engenheiros da Dertins; Dinacir Severino Ferreira, então coordenador de acompanhamento de obras; Leandro Nascimento de Araújo, engenheiro fiscal de obras; Claudio Manoel Barreto Vieira, então coordenador de Medição e Controle e membro da Comissão de Recebimento de Obras; Marco Tulio Aires, então coordenador de medição e controle da Secretaria de Infraestrutura; Karla Martins Coelho, então Coordenadora de Acompanhamento de Obras e Serviços da Secretaria de Infraestrutura); Adeuvaldo Pereira Jorge, então Diretor de Construção e Fiscalização; e José Pereira da Silva Neto, então engenheiro da divisão de medição e controle.

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