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Kátia Abreu deve priorizar investimentos em logística, avalia Farsul

Para o presidente da entidade, Carlos Sperotto, setor é um dos maiores gargalos do agronegócio e pode diminuir perdas com transporte e armazenagemO presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, acredita que a logística será um dos principais focos da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) à frente do Ministério da Agricultura.

– Ela deverá dar uma atenção toda especial à logística, pois quando esteve na presidência da CNA [Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil] se dedicou profundamente a esta questão – afirmou Sperotto.

Segundo o presidente da entidade, por se tratar de um dos maiores gargalos do agronegócio brasileiro, a logística pode alterar favoravelmente os resultados do setor caso seja tratada como prioridade pelo ministério.

– Uma melhora deste segmento diminui o ônus no que diz respeito às perdas com transporte e armazenagem – disse ele.

Sperotto acredita que, embora a nova ministra esteja ciente da dificuldade que deverá haver no sentido de liberação de verba – devido ao período de ajuste fiscal que o governo terá pela frente –, as demandas do agronegócio podem ser mais facilmente atendidas pela rapidez com que podem gerar resultados. Ele afirma que em seis meses o setor dá o retorno dos investimentos realizados. 

Para o presidente da Farsul, o discurso seguro e direto feito pela peemedebista nesta segunda-feira, dia 5, na cerimônia de posse, demonstra que seu trabalho à frente do ministério não será afetado pelas contestações que seu nome chegou a provocar quando foi indicada por Dilma Rouseff.

– Toda unanimidade é burra. Ela está disposta a encarar e perseguir o apoio necessário. Ela fez um bom treinamento na CNA. Portanto, ela leva [ao ministério] uma experiência com resultados positivos, e com isso terá mais peso no que diz respeito aos encaminhamentos – completou. 

Sperotto, que acompanhou a posse em Brasília, deverá ser um dos principais interlocutores da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul junto ao ministério. Ele, que é um dos vice-presidentes da CNA, espera que o bom relacionamento com Kátia Abreu ajude a avançar em questões importantes para o Estado, como a taxação do trigo de fora do Mercosul, como forma de incentivar o escoamento da produção gaúcha. 

Sobre a importação do cereal de terceiros países incide atualmente Tarifa Externa Comum (TEC) de 10%. Na próxima semana, Sperotto pretende solicitar à ministra audiência com o novo secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo (PP). 

– Não queremos tirar vantagem, mas temos um contato já bem aprimorado de comunicação – disse.

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