A ministra já escolheu dois nomes da CNA para compor o quadro do ministério, afastando apadrinhados políticos do líder de seu partido na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Kátia está levando a superintendente de comércio exterior da CNA, Tatiana Palermo, para assumir a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério. Nascida na Rússia e brasileira naturalizada, Tatiana é vista como peça estratégica pela ministra no momento em que o governo russo abre seu mercado para produtos brasileiros – especialmente carne suína e de frango.
A nova secretária irá substituir Marcelo Junqueira Ferraz, que ascendeu ao posto por apadrinhamento do líder do PMDB. Cunha também perderá outro secretário afiançado por ele no ministério: o titular da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), Rodrigo Figueiredo. Kátia Abreu levará Décio Coutinho para o comando do órgão.
Coutinho é atualmente assessor técnico da CNA e foi o articulador da entidade na elaboração da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), ferramenta criada em parceria com Agricultura para fazer gestão operacional do setor agropecuário e reforçar o controle sanitário do rebanho bovino brasileiro.
Em seu discurso de posse, Kátia Abreu refutou privilégios a empresas durante sua gestão.
– Este será o ministério dos produtores rurais, sem nenhuma espécie de divisão ou de segregação. E das empresas, este será o ministério da produção. Mas será, acima de tudo, um ministério do diálogo e dos brasileiros – disse a ministra.