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Diversos

Lavouras do Piauí são exemplo de como não sofrer com longas estiagens

As instabilidades climáticas recorrentes na região são um desafio para os produtores a cada safra. Teve soja sem chuva em 30 dias, rendendo mais de 50 sacas por hectare

Preocupados com a sanidade das plantas, agricultores do Piauí estão buscando conhecimento para se antecipar aos cuidados necessários para garantir boas produtividades. Um dos principais desafios por lá é a instabilidade climática, mas com o manejo correto os ganhos podem surpreender.

Um bom exemplo pode ser visto na região sul do estado, que apesar de ter enfrentado mais de 30 dias sem chuvas, ainda deve render uma média de 50 sacas de soja por hectare. O sojicultor Fábio Bordignon conta que a sanidade da sua lavoura está melhor que a do início de 2018. “Tivemos muitas chuvas no início da safra, mas a lavoura estava saudável e não tivemos tanto problema com doenças, como no ano passado, por exemplo”, diz.

Não é a toa que o Piauí é um destaque em prevenção de doenças, pragas e plantas daninhas nas lavouras. O estado é reconhecido por investir em eventos educativos nas áreas. Em Bom Jesus do Piauí, interior do estado, mais de dez palestras sobre os temas foram promovidas em um encontro técnico: a 2ª edição do Dia de Campo Fitoagro. Em uma delas, abordou orientações para o controle de plantas invasoras, que são cada vez mais resistentes aos defensivos.

O engenheiro agrônomo Isaías Bertanha, conta que a orientação é necessária para o produtor rural não depender exclusivamente da molécula do glifosato para o controle de plantas daninhas. “O produtor tem que bolar algumas estratégias, associando glifosato com latifolicidas ou graminicidas para melhorar a eficiência no controle dessas plantas, principalmente a vassourinha de botão e o capim amargoso”, conta.

Outra opção levantada durante a palestra do consultor na área de algodão Jonas Guerra, é a rotação de culturas entre a soja e o algodão, já que cultura se beneficia da alta incidência de luz solar e interrompe a monocultura. “Você deixa de plantar o algodão por um ano ou a soja, que antecede, por um ano, e isso quebra algumas situações que propiciam o desenvolvimento de doenças e pragas”, afirma.

Para a organizadora do evento e sócio-proprietária da Fitoagro, Andrezza Bertoldo, a adesão ao encontro técnico mostra que o produtor rural se conscientizou da necessidade de aprimoramento agrícola. Segundo ela, a região tem uma carência de informações e o evento promove facilita e promove o conhecimento. “Vale para sair daqui sabendo resolver os desafios da forma mais fácil e correta’, conta Andrezza.

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