A China pretende agilizar o processo de entrega ao Brasil de insumos para a produção de vacinas contra a covid-19, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que esteve reunido com o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming.
Maia disse em entrevista à Globonews que o embaixador “abriu a conversa relatando que de forma nenhuma haveria obstáculos políticos para a exportação dos insumos da China” e que há dificuldades técnicas na entrega dos insumos. Estes trâmites técnicos, segundo Maia, “estarão sendo superados rapidamente”.
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Preocupação com as vacinas
Maia usou as redes sociais nesta terça-feira, para reforçar que a compra de vacinas é um problema a ser enfrentado pelo governo. Ele reiterou o que havia falado em dezembro sobre as compras do imunizante. Segundo o presidente da Câmara, o governo viu a sua manifestação como uma crítica de um adversário político.
“Uma pena que o governo brasileiro tenha visto a manifestação como uma crítica de um adversário político e não como um problema grave a ser enfrentado”, disse.
Em dezembro fiz o alerta sobre a compra de vacinas nesta entrevista ao @Estadao. Uma pena que o governo brasileiro tenha visto a manifestação como uma crítica de um adversário político e não como um problema grave a ser enfrentado. https://t.co/kKWkSA6Yq2
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 19, 2021
Maia criticou o presidente Jair Bolsonaro por inicialmente recusar a vacina do Butantã. “O presidente afirmou que não compraria, mas na hora da verdade, a coragem não é tão grande. É corajoso até uma parte da história, pelo menos, apesar do papelão do ministro Pazuello [Saúde], agora querendo capturar o tema das vacinas. Pelo menos compraram as vacinas e, para nossa felicidade, 6 milhões estarão imunizados nas próximas semanas”, disse.