Encontro entre lideranças do governo, indígenas e produtores definiu que prazo para negociação, visando a solução do conflito fundiário indígena em Mato Grosso do Sul, vai até a próxima quarta, dia 30. O anúncio foi feito pelo assessor especial do Ministério, Flávio Chiarelli de Azevedo.
Azevedo se mostrou otimista em relação ao encaminhamento que está sendo dado à proposta de criação de uma mesa de negociações para compra de áreas, apresentada pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A indicação se deve à dificuldade de ambas as partes, indígenas e produtores, em apontar as áreas prioritárias para a análise da mesa de negociação.
– Percebemos uma grande disposição do Governo Estadual para resolver o problema – afirmou.
O presidente da Famasul, Maurício Saito, considera a mesa de negociação uma ação que pode ser efetiva na busca de uma solução pacífica para os litígios de terra no estado, mas observa que a decisão de negociar as propriedades é individual, de cada um dos produtores envolvidos.
– Vamos estar presentes em toda e qualquer iniciativa com o propósito de encontrar solução para o problema das invasões. Precisamos resolver esta questão e conter as invasões de propriedade, as quais alimentam o ciclo de violência que vivemos no campo atualmente – avaliou.
Atualmente, 95 propriedades rurais estão invadidas por indígenas em Mato Grosso do Sul. Cinco delas em Antônio João, mais recente foco de conflito do estado, onde a segurança está sendo mantida pela Força Nacional e pelo Exército. Na reunião, o general Sau avaliou que o clima é de normalidade na região, mas uma tranquilidade que depende das forças de segurança.
– É uma pacificação garantida pelo efetivo – afirmou.