O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou nesta sexta, dia 1° de julho, os dados das exportações brasileiras do açúcar, etanol, café, milho, soja e suco de laranja.
Açúcar
O Brasil exportou em junho 2,686 milhões de toneladas de açúcar bruto e refinado, aumento de 34,3% ante as 1,999 milhão de t embarcadas em igual mês de 2015. Em relação a maio deste ano, quando foram embarcadas 2,011 milhões de toneladas, o volume é 33,5% superior. Em açúcar bruto foram exportadas 2,324 milhões de toneladas e, em refinado, 361,6 mil t.
A receita obtida com a exportação total de açúcar no mês passado foi de US$ 909,9 milhões, 41,7% superior à registrada em junho de 2015, de US$ 642,3 milhões. Já em relação a maio deste ano, quando as vendas somaram US$ 670,9 milhões, o incremento é de 35,6%.
No acumulado de 2016, foram exportadas 12,50 milhões de toneladas de açúcar (+21,1%), com receita de US$ 3,92 bilhões (+10,7%).
Etanol
Segundo o MDIC, o Brasil exportou 258,1 milhões de litros de etanol em junho, volume 183,3% superior aos 91,1 milhões de litros embarcados em igual mês de 2015. Na comparação com maio deste ano, quando foram embarcados 119,3 milhões de litros, os embarques do produto ao exterior cresceram 116,3%.
A receita cambial com a venda do biocombustível aumentou 153,4% de um ano para outro, de US$ 44,6 milhões para US$ 113 milhões.
No acumulado de 2016, as exportações alcançam 1,08 bilhão de litros (+100,9%), com receita de US$ 520,1 milhões (+77%).
Café
A exportação brasileira de café em grão no mês de junho (22 dias úteis) alcançou 2.064,3 mil sacas de 60 kg, o que corresponde a uma diminuição de 13,5% em relação a igual mês do ano passado (2.386,3 mil sacas). Em termos de receita cambial, houve diminuição de 22,8% no período, para US$ 303,3 milhões em comparação com US$ 392,8 milhões registrados em junho de 2015.
Quando comparada com maio passado, a exportação de café em junho apresenta redução de 4,8% em termos de volume – em maio os embarques somaram 2.167,8 mil sacas. A receita cambial foi 3,6% menor, considerando faturamento de US$ 314,6 milhões em maio passado.
No primeiro semestre deste ano, o volume de café exportado pelo Brasil caiu 9,65% em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram embarcadas 14.393,5 mil de sacas de janeiro a junho deste ano, ante 15.930,4 mil de sacas no mesmo período de 2015. A receita cambial apresentou forte queda de 26,1%. O País faturou US$ 2.109,4 milhão, em comparação com US$ 2.856,1 milhão nos primeiros seis meses de 2015.
Milho
Os embarques de milho ao exterior recuaram no mês de junho em comparação a maio, assim como as vendas externas do cereal no acumulado do ano ante igual período de 2015. Foram exportadas 19,3 mil toneladas no mês passado, ante 26,70 mil toneladas em maio (-27,7%). O recuo foi bem menos expressivo que o verificado no mês passado, quando as exportações recuaram 92,7% ante abril. Já na comparação dos embarques em junho com igual mês do ano passado, a retração foi mais expressiva, de 85,9%. A receita cambial totalizou US$ 4,4 milhões, queda de 12% na comparação mensal e de 81,2% ante junho de 2015.
No acumulado do ano, porém, o desempenho também foi positivo. Entre janeiro e junho, o Brasil exportou 12,270 milhões de toneladas de milho, volume 57,5% superior ao reportado em igual intervalo de 2015, quando os embarques somaram 5,309 milhões de toneladas do grão. No ano passado, o volume exportado só ultrapassou os 12 milhões de toneladas em setembro.
O preço médio do milho embarcado ao exterior, considerando-se 22 dias úteis, alcançou novo recorde este ano, de US$ 228,20 por tonelada. Em maio, até então o maior nível de 2016, o valor do cereal pago aos exportadores era de US$ 185,70 a tonelada.
As exportações de milho pelo Brasil tendem a aumentar no segundo semestre do ano, após a colheita da segunda safra do cereal e o escoamento da soja pelos portos do País. Nos primeiros meses de 2016, os embarques do cereal foram estimulados pelo dólar forte ante o real.
Soja
As exportações brasileiras do complexo soja em junho somaram 9,486 milhões de toneladas e US$ 3,651 bilhões. Em relação a igual mês do ano anterior, a queda foi de 18% em volume e 18,4% em receita. Na comparação com maio, as vendas externas diminuíram 21,1% em volume e 16,7% em receita.
O volume exportado de soja em grão está diminuindo tanto na comparação anual quanto mensal, após resultados expressivos entre março e maio. A disparada dos preços internos da soja reduziu o interesse pelo grão para exportação, contribuindo para diminuir os embarques do complexo.
No primeiro semestre, as exportações do complexo somaram 47,648 milhões de toneladas, crescimento de 18,5% na comparação com os 40,212 milhões de toneladas de um ano antes. A receita acumulada de janeiro a junho de 2016, de US$ 17,180 bilhões, supera em 7,9% o total de US$ 15,926 bilhões obtido nos seis primeiros meses do ano passado.
As exportações de soja em grão somaram 7,761 milhões de toneladas em junho, recuo de 20,9% ante o volume de 9,810 milhões de toneladas embarcado um ano antes. A receita com as vendas externas do grão atingiu US$ 2,971 bilhões, queda de 21,0% na comparação com igual mês de 2015 (US$ 3,762 bilhões). Na comparação com maio, o volume diminuiu 21,7%, enquanto a receita caiu 17,5%. O preço médio do produto exportado foi de US$ 382,9/tonelada em maio, ante US$ 363,1/tonelada no mês anterior e R$ 383,5/tonelada há um ano.
No farelo de soja, o volume exportado caiu 3,5%, enquanto a receita diminuiu 8,3% na comparação com junho de 2015. Os embarques somaram 1,565 milhão de toneladas, ante 1,622 milhão de toneladas em igual período do ano anterior, e a receita totalizou US$ 568,5 milhões, contra US$ 620,2 milhões há um ano. Em relação a maio, as exportações caíram 18,8% em volume e 14,1% em receita.
Já em óleo de soja, as exportações em junho atingiram 159.700 toneladas, 20,3% acima das 132.700 toneladas de igual mês de 2015. A receita somou US$ 111,6 milhões, incremento de 20,1% ante os US$ 92,9 milhões registrados em igual período do ano passado. Na comparação com maio, há queda de 10,3% no volume e 9,8% na receita.
Suco de laranja
A receita com exportação de suco de laranja do Brasil caiu 32% em junho na comparação com o mesmo mês de 2015, de US$ 214,8 milhões para US$ 145,9 milhões. Em relação a maio de 2016, houve uma alta de 14,61% sobre os US$ 127,3 milhões registrados naquele mês.
O volume de suco de laranja exportado no mês passado foi de 158,7 mil toneladas, 0,56% menor do que as 159,6 mil toneladas embarcadas em maio e 34,2% inferior ao total de 241,3 mil t de junho de 2015. As altas variações positivas e negativas entre os meses são comuns no mercado exportador de suco de laranja. Elas ocorrem principalmente por causa das escalas dos navios cargueiros utilizados para o envio da bebida ao exterior, os quais transportam grandes volumes da commodity.
O preço médio da tonelada de suco exportada em junho foi de US$ 919,70 ante US$ 890,40 em junho de 2015 e US$ 797,90 por tonelada em maio de 2016.
Com o resultado de junho, as vendas acumuladas de suco no primeiro semestre de 2016 alcançaram 1,213 milhão de toneladas, 14,43% a mais que o total de 1,060 milhão de toneladas embarcadas no mesmo período de 2015. A receita acumulada soma US$ 1,015 bilhão, 6,88% abaixo do US$ 1,090 bilhão registrados de janeiro a junho do ano passado.