Depois de muita polêmica e reivindicações por parte dos produtores que viram os nomes de suas fazendas sendo expostos no Sistema do Cadastro Ambiental Rural, o Serviço Florestal Brasileiro – ligado ao Ministério do Meio Ambiente – corrigiu a divulgação dos dados. Agora, quem acessar o site não conseguirá mais visualizar o nome da fazenda, como acontecia até a última sexta-feira, dia 2.
O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Raimundo Deusdará, ficou surpreso ao ser informado que o nome da fazenda era visível para quem quisesse e prometeu encaminhar o caso ao departamento de Tecnologia da Informação. Ao que parece, a divulgação desse tipo de dado foi um erro técnico. As demais informações visíveis, como área, longitude e latitude, já eram previstas, e até passíveis de tornarem-se públicas.
Mas a correção não deve impedir a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) de pedir esclarecimentos ao Ministério do Meio Ambiente sobre o fato. Uma reunião fechada da diretoria com as federações de agricultura do país realizada na manhã desta segunda-feira vai resultar em dois documentos: um pedido de esclarecimentos ao MMA e outra nota de repúdio a Casa Civil. O presidente da entidade, João Martins, só vai se pronunciar sobre o assunto nesta terça-feira, durante o balanço de fim de ano da entidade, realizado em Brasília.
Outro ponto que preocupa os agricultores e a CNA é a recomendação do Ministério Público Federal de tornar públicos todos os dados do CAR. O documento foi enviado à pasta ainda em outubro. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, está no exterior e já disse que encaminhou o assunto à Advocacia Geral da União antes de tomar alguma decisão.