- Boi: arroba recua para o menor patamar em dois meses
- Milho: saca rompe a barreira de R$ 100 pela primeira vez no Cepea
- Soja: queda do dólar trava mercado
- Café: arábica supera R$ 800 com disparada em Nova York
- No exterior: EUA tem forte criação de empregos privados em abril
- No Brasil: conforme esperado, Banco Central eleva taxa Selic para 3,5% ao ano
Agenda:
- Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
- Brasil: indicador antecedente de emprego de abril (FGV)
- EUA: exportações semanais de grãos (USDA)
Boi: arroba recua para o menor patamar em dois meses
O indicador do boi gordo do Cepea caiu abaixo de R$ 308 por arroba e recuou para o menor patamar em cerca de dois meses. A cotação variou -1,79% em relação ao dia anterior e passou de R$ 313,1 para R$ 307,5 por arroba. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 15,1%. Em 12 meses, os preços alcançaram 52,3% de alta.
No mercado futuro, a curva de contratos também mostrou desvalorização. O vencimento para maio passou de R$ 306,75 para R$ 303,90, o para junho foi de R$ 311,05 para R$ 308,40 e o para outubro foi de R$ 332,25 para R$ 330,50 por arroba.
Milho: saca rompe a barreira de R$ 100 pela primeira vez no Cepea
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), rompeu a barreira dos R$ 100 por saca pela primeira vez na história. A cotação variou 0,45% em relação ao dia anterior e passou de R$ 99,79 para R$ 100,24 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 27,45%. Em 12 meses, os preços alcançaram 105,49% de valorização.
Em Chicago, o contrato para julho fechou acima de US$ 7 por bushel pela primeira vez. O vencimento atingiu a marca de cinco pregões consecutivos de alta e subiu 1,69% na comparação diária, fechando cotado a US$ 7,084 por bushel.
Soja: queda do dólar trava mercado
A queda do dólar em relação ao real, que voltou a operar abaixo de R$ 5,40, travou o mercado brasileiro de soja, de acordo com a Safras & Mercado. Ainda assim, as cotações oscilaram entre estáveis e mais baixas, apesar da valorização do bushel em Chicago. Em Passo Fundo (RS), a saca caiu de R$ 177 para R$ 176, e no porto de Paranaguá (PR), de R$ 180 para R$ 178.
Em Chicago, os contratos futuros da soja tiveram mais um dia de alta. O cenário de estoques apertados e demanda firme impulsiona as cotações. O vencimento para julho teve uma valorização de 0,26% e ficou cotado a US$ 15,422 por bushel.
Café: arábica supera R$ 800 com disparada em Nova York
O mercado físico brasileiro do café arábica teve uma forte alta dos preços seguindo a disparada observada em Nova York. De acordo com o levantamento de preços da consultoria Safras & Mercado, no sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 760/770 para R$ 800/805 por saca. O indicador do Cepea superou os R$ 800 por saca pela primeira vez na história.
Em Nova York, como dito anteriormente, os contratos futuros do café arábica tiveram um dia de forte valorização. Dessa forma, o mercado voltou a atingir o patamar mais alto desde fevereiro de 2017 impulsionado pelo clima seco em regiões cafeeiras do Brasil. O vencimento julho fechou o dia com alta de 6,8% e ficou cotado a US$ 1,4985 por libra-peso.
No exterior: EUA tem forte criação de empregos privados em abril
O Relatório de Emprego ADP, que mostra a criação de vagas de trabalho no setor privado norte-americano, mostrou que foram criadas 742 mil vagas em abril. Apesar do forte resultado, que dá sequência aos meses anteriores, o número ficou levemente abaixo das expectativas dos analistas de mercado, que projetavam 800 mil empregos.
Na agenda econômica do dia, destaque para a reunião de política monetária do Banco da Inglaterra. Nos Estados Unidos, serão divulgados os dados semanais com pedidos de seguro-desemprego e os investidores aguardam para sexta-feira, 0, o Payroll de abril com a divulgação de vagas de trabalho na economia norte-americana e taxa de desemprego.
No Brasil: conforme esperado, Banco Central eleva taxa Selic para 3,50% ao ano
Conforme o comunicado na reunião anterior, o Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual para 3,50% ao ano. No comunicado divulgado após o anúncio da decisão, os diretores ressaltaram o avanço robusto das economias de países com ritmo mais acelerado de vacinação e a pressão do aumento de preços das commodities na inflação.
Para a próxima reunião de política monetária, o Banco Central manteve a sinalização de mais uma elevação de 0,75 ponto percentual na taxa Selic. Dessa forma, a taxa de juros básica da economia brasileira iria para 4,25% ao ano. Apenas uma alteração muito profunda nas projeções de inflação do cenário básico do Comitê mudaria o resultado do próximo encontro.