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Produtores seguram comercialização do milho e dão prioridade para a soja

Confira as principais notícias sobre mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: Pixabay

O mercado brasileiro de milho manteve preços firmes nesta quarta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a situação do mercado aponta para continuidade do bom fluxo de negociações no porto.

Os consumidores em diversos estados ainda encontram dificuldades na composição de seus estoques, justificando a elevação dos preços nos últimos dias. Já produtores ainda optam pela retenção do milho, priorizando as negociações envolvendo a soja.

Chicago 

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mistos. A perspectiva de temperaturas elevadas e de clima mais seco em regiões produtoras dos Estados Unidos nos próximos dias garante suporte aos preços. Porto outro lado, a expectativa de aumento da oferta nos EUA pesou negativamente.

Os investidores também buscam um melhor posicionamento frente ao relatório de oferta e demanda de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado na sexta feira.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 44
      • Paraná: R$ 37,50
      • Campinas (SP): R$ 44
      • Mato Grosso: R$ 27,50
      • Porto de Santos (SP): R$ 43
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 41,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 41,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Agosto/2018: US$ 3,71 (+0,50 cent)
      • Novembro/2018: US$ 3,85 (+0,50 cent)

Soja 

Os preços no mercado da soja subiram nas principais praças do país nesta quarta-feira, acompanhando o desempenho do mercado internacional, mas o ritmo dos negócios continua lento.

Os vendedores seguem segurando a oferta e pedem preços cerca de R$ 2,00 acima do comprador, inviabilizando  melhora no ritmo dos negócios.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais altos. O mercado absorveu os números de importação da China em julho.  A maior parte dos operadores viu no recuo das compras um sinal de que os chineses terão a necessidade de voltar ao mercado americano no curto prazo. Na China, os preços subiram acentuadamente após a divulgação dos dados oficiais, mostrando que os compradores estão preocupados.

As importações de soja em grão da China totalizaram 8,005 milhões de toneladas em julho, com retração de 21% sobre igual mês de 2017. Os dados são da Administração Geral de Alfândegas e Portos da China. No acumulado de 2018, as compras chinesas somam 52,88 milhões de toneladas, recuo de 3,7% sobre igual período do ano passado. O país asiático é o maior comprador de soja do mundo. Os principais abastecedores dos chineses são Estados Unidos, Brasil e Argentina.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá elevar, no seu relatório de agosto, a sua estimativa para a safra 2018/19 de soja dos Estados Unidos. O levantamento será divulgado nesta sexta, às 13hs. O mercado começa a se posicionar frente aos dados.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA indicará safra de 120,5 milhões de toneladas. No relatório anterior, a estimativa era de 117,3 milhões de toneladas. Em 2017/18, a produção americana ficou em 119,5 milhões de toneladas.

Para os estoques finais americanos em 2018/2019, o mercado aposta em número de 17,445 milhões de toneladas, contra 15,7 milhões projetados relatório de julho. Para 2017/2018, o mercado trabalha com previsão passando de 12,655 milhões para 12,546 milhões de toneladas.

Os estoques globais para 2017/2018 deverão ser cortados de 96 milhões para 95,8 milhões de toneladas. Para 2018/19, a aposta é de um número próximo a 99,3 milhões, contra 98,3 milhões de toneladas da estimativa de julho.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 82,50
      • Cascavel (PR): R$ 83
      • Rondonópolis (MT): R$ 76,50
      • Dourados (MS): R$ 79
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 89,50
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 88
      • Porto de Santos (SP): R$ 87
      • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 87
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Agosto/2018: US$ 8,93 (+4,50 cents)
      • Novembro/2018: US$ 9,10 (+4,75 cents)

Café

 O mercado brasileiro de café teve um dia mais travado de negócios nesta quarta-feira, diante da queda registrada em Nova York e da estabilidade do dólar. Houve movimentação registrada apenas na parte da manhã, com negócios pontuais envolvendo cafés mais finos.

Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços mais baixos.

O mercado realizou lucros depois de ter avançado nas últimas três sessões. As cotações perderam força ao não terem conseguido superar a marca de 110 centavos de dólar por libra-peso, o que atraiu vendas especulativas.  Do lado fundamental, o avanço da colheita de uma safra recorde no Brasil voltou a pressionar as cotações, com a queda no petróleo completando  cenário negativo. 

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da quarta-feira com preços mais baixos, acompanhando a sinalização do referencial nova-iorquino.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

      • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 415 a R$ 425
      • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 420 a R$ 430
      • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 375
      • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 315 a R$ 317
      • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

      • Setembro/2018: US$ 109,05 (+0,30 cent)
      • Dezembro/2018: US$ 112,20 ( +0,20 cent)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

        • Setembro/2018: 1.655 (-US$ 13)
        • Novembro/2018: 1.630 (-US$ 18)

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação com estabilidade, cotado a R$ 3,765 para a compra e a R$ 3,767 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,736 e a máxima de R$ 3,773.

A moeda reagiu a boatos que prevaleceram no mercado ao longo da tarde desta quarta, apontando para um desempenho mais fraco do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, na pesquisa de intenção de votos da CNT/MDA no estado de São Paulo.

Diante disso, o real fechou descolado em dia de bom humor externo, o que fez as principais moedas globais e de países emergentes se apreciarem frente ao dólar. “Esse movimento rápido, que inverteu o sinal do Ibovespa e das taxas futuras de juros, foi totalmente interno e descolado das outras moedas”, avaliou a economista da Capital Markets, Camila Abdelmalack.

O Ibovespa encerrou esta quarta-feira com queda de 1,49%, aos 79.151,70 pontos. O volume negociado foi de R$ 10,650 bilhões.


Boi

O mercado do boi gordo segue com preços firmes. Segundo a Scot Consultoria, a oferta de boiadas colabora com este cenário.

Apesar de o consumo não ter apresentado crescimento significativo, o escoamento de carne vigente tem permitido que as empresas trabalhem com as margens de comercialização acima da média histórica, considerando as que desossam. Atualmente, esta margem está em 23,3%, dois pontos percentuais acima da média histórica. Na prática, o indicador aponta que mesmo com o consumo conservador, há espaço para preços maiores.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de bovinos castrados está com preços estáveis e cotado, em média, em R$ 9,20 o quilo. Na comparação anual, houve alta de 5,2%.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 143
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 138
      • Goiânia (GO): R$ 132
      • Dourados (MS): R$ 135
      • Mato Grosso: R$ 123 a R$ 128
      • Marabá (PA): R$ 125
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,75 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 143
      • Sul (TO): R$ 128
      • Veja a cotação na sua região

 


Previsão do tempo para quinta-feira, dia 9

Sul

Uma massa de ar polar passa a predominar na região Sul, o que garante tempo firme em todos os estados da região. As temperaturas vão cair bastante e há condições para geadas nas áreas serranas.

No norte e no leste do Paraná, ainda tem muitas nuvens, mas não deve chover. A chuva fraca ocorre apenas no litoral do Rio Grande do Sul, por causa de uma baixa no oceano.

Outro destaque são os ventos no Rio Grande do Sul, que podem passar dos 80 km/h nas áreas litorâneas.

Sudeste

A frente fria avança pelo Sudeste, A chuva retorna para o Rio de Janeiro, mas os volumes não devem ser elevados e há condição para trovoadas.

Na metade sul de São Paulo, há muitas nuvens, mas não deve chover. As temperaturas ficam mais baixas novamente e esfria ainda mais durante a noite.

Centro-Oeste

O tempo permanece instável em grande parte da região. A chuva pode retornar na forma de pancadas isoladas, mas os acumulados não serão elevados. A nebulosidade diminui, e as áreas mais ao norte alcançam temperaturas elevadas.

Nas demais áreas, os ventos avançam do sul e por conta disso as temperaturas durante a manhã ficam mais amenas.

No sul de Mato Grosso do Sul, o tempo já fica firme, devido ao avanço de uma massa de ar polar, que, além de inibir as formações de instabilidades, deixa as temperaturas baixas.

Nordeste

Tem previsão de chuva no norte do Maranhão e na faixa que vai desde o Rio Grande do Norte até as praias de Sergipe. São pancadas isoladas e com acumulados muito baixos, que ocorrem alternadas por períodos de tempo mais firme.

Norte

Pancadas de chuva ainda atuam em grande parte da região, com exceção das áreas entre o Tocantins e o sul do Pará. Entre o Acre e Rondônia, os ventos do sul abaixam um pouco as temperaturas no amanhecer, mas rapidamente se elevam ao longo do dia.

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