Acompanhe a seguir os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado.
- O mercado externo aguarda ansiosamente o acordo entre Estados Unidos e China no âmbito comercial;
- A potencial retirada da tributação de 25% sobre a soja dos EUA pode modificar, também, o ambiente do mercado milho;
- Isso ocorre em função de que a visão para o plantio da safra 2019 dos EUA se mostra muito pessimista para a soja, fator que pode alavancar a área semeada com milho – portanto, uma influência baixista para o cereal;
- Um bom acordo entre os dois países poderia ajudar a inibir um crescimento de área a ser plantada com milho em 2019 nos EUA e criar um certo ambiente positivo para preços;
- As exportações semanais avançam dentro do esperado e a colheita vai chegando ao final, o que modifica pouco o ambiente de preços externos;
- O clima bom na América do Sul vai evitando movimentos especulativos com a safra norte-americana na Bolsa de Chicago;
- O mercado brasileiro de milho chega ao fim de 2018 com exportações disparando, motivadas pela baixa de preço e pela pressão de venda regional;
- O line-up de novembro (programação de exportações para o mês) já é o maior do ano, com 4,4 milhões de toneladas e com 1 milhão já na fila para dezembro;
- Dessa forma, o excesso de ofertas em outubro – originado pela retração das vendas em julho, agosto e setembro – parece ter chegado ao fim com a exportação absorvendo grandes volumes novamente;
- A partir de janeiro, a entrada da safra de soja mais precoce deve mudar radicalmente o quadro de logística interna e suas prioridades;
- Os fretes devem disparar e a estrutura logística deve se converter apenas em soja;
- As altas do milho podem ser uma consequência desse quadro, juntamente com a safra de verão menor e que, provavelmente, só será colhida após a soja;
- No mercado interno, há chances de altas no milho a partir de janeiro.