A Monsanto confirmou nesta terça, dia 6, o recebimento da nova proposta da Bayer e o andamento da negociação e afirmou que continua conversando com outras partes e analisando outras alternativas estratégicas. Na segunda, dia 5, a Bayer disse que está em negociações avançadas com a Monsanto para a aquisição da companhia norte-americana.
Embora os principais termos e condições ainda não tenham sido acertados, a Bayer disse em comunicado que estaria disposta a oferecer US$ 127,50 por ação da Monsanto. Segundo a Bayer, não há garantias de que as empresas chegarão a um acordo.
A Bayer ofereceu US$ 122 por ação da Monsanto em maio, e elevou a proposta para US$ 125 no começo de julho. Além disso, disse que tinha acertado um empréstimo junto a um grupo de bancos e se comprometeu a pagar US$ 1,5 bilhão caso o negócio não fosse aprovado por órgãos reguladores. Ao rejeitar a oferta revisada, em julho, a Monsanto disse que o valor ainda estava abaixo do que ela considera justo. Na ocasião, analistas estimavam que o preço justo estaria entre US$ 135 e US$ 140 por ação.
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Analistas do Citigroup não estão certos de que a nova proposta será suficiente para convencer a Monsanto. O valor anunciado na segunda é somente 4,5% maior do que a oferta inicial feita em maio, afirmou o Citi em nota a seus clientes. Mesmo se a Bayer aumentar a oferta para US$ 135 por ação – algo que a empresa alemã não deu a entender que fará – o Citi vê apenas 40% de chance de o acordo ser firmado. Além disso, a instituição destacou que os riscos regulatórios aumentaram para o setor após a União Europeia ter aberto no mês passado uma profunda investigação da fusão entre Dow Chemical e DuPont.
Já o analista Bill Selesky, da Argus Research, disse que quatro anos consecutivos de safras robustas nos EUA, o maior mercado da Monsanto, devem continuar pesando sobre os preços de grãos. Isso pode fazer com que os investidores da companhia passem a adotar uma postura mais favorável ao negócio, afirmou.
