Segundo levantamento feito pela Portos do Paraná, o elevado volume de chuvas prejudicou a movimentação de cargas no Porto de Paranaguá. No mês passado, o volume de precipitação foi 356,6% maior, resultado em 12,6 dias de paralisação, bem acima dos 6,9 dias em que o porto ficou paralisado pelas chuvas em janeiro de 2020.
“Em portos do mundo todo, não é possível operar grãos com tempo úmido. A natureza da carga não permite e a qualquer sinal de chuva, os navios atracados paralisam as operações. Os porões só voltam a abrir quando o comandante do navio tem segurança de que a carga não será molhada e não corre o risco de estragar”, explica o diretor de Operações da empresa pública, Luiz Teixeira da Silva Junior.
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Não é apenas o embarque dos graneis sólidos que são impactados pela chuva, alguns desembarques de granéis importados também são paralisados. Dos fertilizantes, por exemplo, apenas a ureia opera com garoa.
As operações que seguem mesmo debaixo de chuva são as dos contêineres, de veículos, de carga geral (com exceção de papéis e sacaria), sal e dos graneis líquidos (feita em tubulações e tanques fechados).
O diretor da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (Atexp), André Maragliano, conta que a chuva impacta, mas os reflexos não são significativos nesse momento de entressafra, em que o embarque da soja ainda não é intenso.
“Aproveitamos o período para finalizar a manutenções corretivas e preventivas para que tenhamos um ano com total disponibilidade dos equipamentos. Os embarques de soja devem começar a partir da segunda semana de fevereiro e durante o ano a chuva não tem um impacto tão grande. Isso porque a estatística da chuva em Paranaguá não é diferente da chuva nos outros portos mais próximos, como São Francisco do Sul e de Santos”, completa.