Às 5h da manhã, o grupo arrombou o portão da propriedade e expulsou as oito famílias que moram e trabalham no local. Os manifestantes também impediram funcionários de fazer o trato dos animais na granja de suínos mantida no estabelecimento. Há ainda relatos de saqueamento na sede do lugar.
A fazenda tem 350 hectares e é produtiva, com plantação de grãos e destaque nacional com a suinocultura. Os líderes do movimento alegam, no entanto, que a invasão nessa propriedade é a única forma de chamar a atenção das autoridades e da imprensa para as reivindicações por reforma agrária.
Para Alan Cenci, proprietário da fazenda, o sentimento é de indignação e impotência. Ele reclama do desrespeito do grupo, mesmo sem uso de violência física, e da liberdade com que o movimento age.
– É uma fazenda produtiva e que gera empregos. Os funcionários foram expulsos de suas casas e impedidos de tratar os animais. O grupo também saqueou a cantina e a oficina da fazenda. Ainda não sabemos se depredaram ou danificaram alguma coisa. Mas sabemos que eles não vão arcar com os prejuízos dessa invasão e não vai acontecer nada com eles – desabafou.
O secretário de Agricultura do Distrito Federal, José Guilherme Leal, e funcionários do órgão foram até o local para negociar com o MST. No fim da manhã, eles conseguiram convencer os manifestantes a deixarem a sede da fazenda de forma pacífica. A negociação foi acompanhada pela Polícia Militar.
A propriedade foi desocupada durante a tarde.