A eleição para governador de Mato Grosso foi decidida no primeiro turno: Mauro Mendes, do Democratas, foi eleito, confirmando as pesquisas de intenção de votos. As lideranças do agronegócio local esperam um bom relacionamento com o gestor. A primeira demanda do setor é o fim da cobrança do Novo Fundo Estadual de Transporte e Habitação, conhecido como Fethab 2, que termina oficialmente em 31 de dezembro.
De acordo com o diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, o estado tem a maior carga tributária sobre a pecuária. “São R$ 43 por animal abatido contra R$ 17 em Mato Grosso do Sul, que é o segundo colocado”, diz. Para ele, a forma correta de aumentar a arrecadação é investindo no crescimento da produção e incentivando a instalação de indústrias.
Mendes destaca a importância do agro na economia e a competência dos produtores. “O Estado precisa fazer a sua parte e prover, definitivamente, logísticas para que o setor se torne competitivo”, afirma.
O segundo senador mais votado em MT nas eleições 2018, Jayme Campos, afirma que vai defender os interesses do setor produtivo em Brasília, principalmente dos pequenos agricultores do estado. “Serei senador não só do agronegócio, serei também da agricultura familiar, daqueles que dependem dos investimentos e do poder público desse país. Não serei senador de segmento isolado, serei de toda sociedade”, esclarece.
Em nota, a Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) parabenizou o governador eleito e disse que nem tudo serão flores nesse percurso. “Buscamos sempre desenvolvimento da economia estadual, que vai trazer o bem-estar à sociedade”, consta na publicação. Nela, o setor se mostra disposto a “empreender visando o crescimento do estado”.
A Aprosoja-MT declarou que está aberta para conversas com Mendes.