Os setores de agricultura e pecuária lideraram os registros no ano passado: 114 operações e 596 flagrantes.
Os dados foram divulgados em solenidade em Brasília para celebrar os 20 anos de atuação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), composto por auditores fiscais do Trabalho (AFTs), membros do Ministério Público do Trabalho (MPT), delegados e agentes da Polícia Federal, Policiais Rodoviários Federais, membros da Procuradoria Geral da República e defensores Públicos da União.
Pecuária tem maior incidência de trabalho escravo
Desde a primeira operação, realizada em 1995, o GEFM já resgatou mais de 49 mil trabalhadores mantidos em atividades que remetem ao conceito do chamado trabalho escravo moderno. Foram 1,785 mil operações em 4,090 mil estabelecimentos.
– Essa escravidão que acontece atualmente no Brasil ainda é mais nociva e degradante, porque não se trata só de propriedade pessoal do ser humano, como acontecia na época do Império, mas de uma ação efetiva que submete a pessoa à humilhação, degradação e condição de inferioridade – afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.
Lista suja
O ministro também comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a divulgação do Cadastro de Empregadores autuados por exploração do trabalho escravo. Segundo ele, a pasta está tomando as medidas necessárias para reverter a situação.
Governo se mobiliza para voltar a divulgar lista suja do trabalho escravo
– A Advocacia Geral da União (AGU) encaminhará ao Supremo o pedido de revogação da medida e nós tomamos a iniciativa também de baixar uma portaria interministerial. Aguardamos para os próximos dias a revogação da medida para que se estabeleça a publicação da lista – disse Dias.