Um ato virtual, em defesa do Programa Nacional de Alimentação Escolar – Pnae – contou a participação de entidades ligadas à agricultura, que questionam algumas mudanças previstas no programa a partir do projeto de lei PL 3292/20.
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Entre as mudanças previstas, está a criação de uma cota de 40% pra aquisição de leite fluido, o que gerou discussões entre representantes do setor, com a alegação de que o Congresso irá interferir na merenda escolar.
Para o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa, a criação da cota é válida. “É importante colocar o leite na cesta de alimentos básicos, desde que sejam seguidos critérios técnicos na distribuição do produto, com a recomendação de nutricionistas”.
Na opinião do comentarista, a forma operacional do programa, de como será distribuído o leite, é que está gerando muita dúvida. “Essa é uma solução que precisa ser encontrada gradualmente, pois a produção de leite tem prioridade para agricultura familiar e é de grande importância social e nutricional para as crianças nas escolas”, pontua.
Por outro lado, Benedito Rosa é contrário à mudança proposta no projeto sobre a prioridade das compras para comunidades indígenas e quilombolas. “Isso está estabelecido há anos e não deve ser alterado”.