Na manhã desta terça-feira, dia 7, cerca de 1.500 trabalhadoras rurais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), invadiram a unidade de fertilizantes da empresa Vale, em Cubatão (SP), às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, a 40 quilômetros da capital do estado.
As manifestantes alegam que a Vale não realiza o repasse das contribuições ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A dívida da empresa seria de R$ 276 milhões. O protesto faz parte do pacote de ações previsto pelas manifestantes em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, que se opõe, entre outras coisas, à reforma da Previdência.
A dirigente nacional do MST, Nívia Silva, defende que um dos principais argumentos do governo de Temer para fazer a contra-reforma da previdência é a dívida que esta acumula. Porém, ele não cobra das empresas que sonegam contribuições ao INSS.
A dirigente nacional do MST, Nívia Silva, comenta que um dos principais argumentos do governo de Michel Temer para fazer a Reforma da Previdência é a dívida que esta acumula. Porém, de acordo com ela, o governo não cobra das empresas que não repassam contribuições ao INSS.
“A dívida dessas empresas soma R$ 426 bilhões, quatro vezes o déficit afirmado pelo governo. Somente 3% das companhias respondem por mais de 63% da dívida previdenciária. Ou seja, a morosidade da Justiça, a complexidade da legislação tributária brasileira e os programas de parcelamento do governo são um dos principais fatores que explicam a alta dívida previdenciária no país”, afirma Nívia.
A ação em São Paulo integra ações que acontecem em todo o Brasil desde esta segunda-feira, dia 6.